SEMANA DA PÁTRIA - Este ano será comemorada com atos simbólicos e virtuais. Ações presenciais foram canceladas
Desfile de 7 de Setembro na década de 1940, no Centro de Porto Velho: mães encomendavam uniformes a alfaiates e costureiras
A Semana da Pátria começa neste 1º de setembro. Desde o século passado, a celebração da Proclamação da Independência Brasileira é lembrada com muito fervor entre alunos de diversas escolas, autoridades civis e militares que aqui servem em Rondônia, desde o antigo Território Federal do Guaporé.
Por causa da pandemia da Covid-19, as solenidades externas dos 198 anos estão todas canceladas. Governo Estadual e Forças Armadas cumprem rigorosamente recomendações dos Ministérios da Defesa e da Saúde, no sentido de evitar aglomerações que possam facilitar o contágio das pessoas pelo novo coronavírus.
Acendimento da pira*, hasteamento da Bandeira e entoação do Hino Nacional na praça do Palácio Rio Madeira não irão acontecer.
A importância da Bandeira Nacional é a representação que dá ao País, o que indica nacionalidade. É um dos símbolos mais importantes que uma nação possui. A Bandeira Nacional serve para representar o Brasil no exterior, mas também como representação de cidadãos ou governo no próprio País.
Hasteamento da Bandeira e entoação do Hino Nacional na praça do Palácio Rio Madeira não irão acontecer neste ano |
Tradicionalmente, os festejos comemorativos nas principais cidades do País são marcados por garbosos desfiles dos quais participam tropas das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), escolas, algumas instituições e entidades, e até veteranos da Força Expedicionária Brasileira que lutaram na Segunda Guerra Mundial.
A Semana da Pátria de 2020 se limitará a atos simbólicos ou virtuais. O Governo de Rondônia mostrará numa série de matérias, a partir de amanhã, o trabalho da Aeronáutica, do Exército Brasileiro e da Marinha nesta parte da Amazônia Ocidental Brasileira. Também fazem parte dessa série, histórico e atividades do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar de Rondônia.
Não se dormia direito na véspera, tamanha era a ansiedade em desfilar. A realidade estudantil dos anos 1950 e 60 em Porto Velho fazia brotar o patriotismo natural em cada menino ou menina. Patriotismo é o sentimento de amor ao País e aos símbolos nacionais (bandeira, hino, brasão, vultos históricos, riquezas naturais e patrimônio material e imaterial).
Fotos antigas mostradas na internet, arquivadas no Museu da Memória Rondoniense (antigo Palácio Presidente Vargas), ou em algumas escolas estaduais, mostram desfiles escolares e festividades. Fizesse calor ou chovesse no dia 7 de setembro, o jeito antigo de comemorar fora bem ensinado e vivido pela Capital (Porto Velho) do extinto território.
“Antigamente as comemorações eram bem abrangentes, sempre ligadas à ideia de soberania territorial”, lembra o memorialista Anísio Gorayeb.
Segundo ele, nas décadas territoriais, o que identificava “o verdadeiro cidadão patriota” era o conjunto de atitudes de devoção para com a Pátria e a participação socioeducacional cultural.
Gorayeb explica: o termo nacionalismo seria usado erroneamente por algumas pessoas. “Podemos dizer que nacionalismo é considerado uma ideologia, que leva as pessoas a serem patriotas; ser nacionalista não implica algum ponto de vista político particular, à exceção de uma opinião da nação como um princípio organizado fundamentalmente na política, agora, ser patriota significa fazer algo de bom pelo País e por sua cultura”.
E o uniforme? “Era de gala”, responde o memorialista, todo ele confeccionado por alfaiates ou costureiras. “Havia muitos deles dedicados a esse serviço, tínhamos que ir várias vezes ao ateliê para tirar provas antes do arremate”, conta Gorayeb.
Na véspera do desfile, conta ainda, os rapazes engraxavam os sapatos e as mães passavam os uniformes, algumas usando ainda o ferro a brasa. Gorayeb é de uma geração que cantava o Hino Nacional, Hino à Independência, Hino à Bandeira, e se estudava uma disciplina chamada Organização Social e Política do Brasil (OSPB), sucessora de Moral e Cívica. Era nessa aula que as gerações dos anos 1950 e 1960 aprenderam não apenas hinos, mas a função de cada um dos poderes e as atribuições de vereadores, deputados, senadores, governadores e prefeitos.
Já o desfile da independência era obrigatório para todos os alunos. Segundo lembra o memorialista, todos eles “tinham orgulho de marcar o passo e desfilar com muito garbo pela sua escola”.
“Orgulho maior era quando éramos escolhidos para conduzir uma das bandeiras, ou abrir um dos pelotões nesses desfiles”, acrescenta o memorialista.
Logo após as férias de julho, todas as escolas iniciavam os ensaios para o grande dia. Havia também muita rivalidade entre as escolas, pois todas se esmeravam para realizar um desfile perfeito. Essa rivalidade ocorria sempre entre as escolas públicas e privadas.
Em comemorações anteriores, na avenida Imigrantes, o Governo do Estado organizou e contou com a colaboração de todas essas instituições e corporações, além da participação de escolas estaduais, escolas municipais.
Cenário igual a este não será visto este ano, garantindo-se a saúde das pessoas
QUEM DESFILAVA ANTIGAMENTE
Das escolas privadas ou institucionais, apenas duas desfilavam nos anos 1960: o Colégio Dom Bosco, apenas com alunos do sexo masculino, e o Colégio Maria Auxiliadora, com grupamento feminino. As maiores escolas públicas de Porto Velho naquela década eram: Castelo Branco, Carmela Dutra, Barão do Solimões e Estudo e Trabalho.
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* A pira simboliza o calor patriótico do povo brasileiro. O fogo é companheiro do homem desde a pré-história, e nos tempos modernos passou a ser cultuado durante as olimpíadas. Explica-se também que a dedicação de parcela do tempo da pessoa ao civismo denota amor à Pátria e coesão nacional. O fogo ardendo representa esse sentimento de luz e fonte inesgotável de energia a nos indicar o melhor caminho.
Fonte: Secom
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