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Haja decepção!

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ColunistaValdemir Caldas

Um dirigente público só pode ser considerado bom quando conduz seu povo de acordo com a vontade de Deus. Ensina a Bíblia que Jotão, o décimo primeiro Rei de Judá, foi um bom governante. Ele tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém, mas seu filho, Acaz, foi um dos piores reis da história daquela nação. Ele chegou à insanidade de sacrificar o próprio filho no fogo aos deuses pagãos, uma atrocidade sem tamanho, que só poderia brotar de uma mente doentia. Além de incentivar à idolatria, Acaz também fechou as portas do Templo de Deus.

Quando os justos governam, o povo se alegre; porém, quando o ímpio domina, o povo padece, revela o livro de Provérbios. É exatamente isso que estamos vivendo no Brasil de hoje, com as honrosas exceções. Não são poucos os políticos e dirigentes públicos que professam sua fé em Jesus, mas, quando confrontados com a realidade, logo deixam cair a máscara da hipocrisia, e o resultado é um desastre total. São como os fariseus dos tempos de Jesus, o que existia de pior entre os judeus. Tanto que Jesus os comparou a um “sepulcro caiado”, ou seja, um túmulo, com uma aparência de bonito por fora, mas, por dentro, cheio de ossos podres e de toda a imundícia.

Às vezes, passamos meses e até anos preparando-nos para escolher alguém que possa nos representar na direção do nosso país, do nosso estado, do nosso município, e nos parlamentos (federal, estadual e municipal), mas, de repete, nos deparamos com o despreparo, o destempero, a ganância desmedida e a apatia, diante das agruras da população. Só, então, cai a ficha, principalmente quando vemos mesquinhos interesses pessoais ou de grupelhos predominando sobre as reais necessidades do povo. Exemplo disso pode ser observado na CPI da Pandemia. Alguns se dizem tementes a Deus e preocupados com a tragédia que já matou mais de meio milhão de brasileiros, mas, no fundo, a população sabe o que  realmente interessa a muitos deles é tomar de assalto as rédeas do país e, consequentemente, revigorarem velhas e manjadas práticas delituosas, que tanto envergonharam e ainda envergonham a nossa gente brasileira. Haja decepção!

 (*) Por Valdemir Caldas


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