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ATAQUE A ADVERSÁRIO - No 2º dia de visita ao Maranhão, Bolsonaro participa da entrega de títulos de propriedade rural

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ColunistaRedação

Mais de 280 títulos de propriedades rurais foram entregues nesta sexta-feira (21) em Açailândia, no sul do estado. Em discurso, Bolsonaro fez críticas ao governador do Maranhão, Flávio Dino e culpou as medidas restritivas como responsáveis pelo desemprego.

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou nesta sexta-feira (21) da entrega de títulos de propriedade rural em Açailândia, município localizado a 526 km de São Luís. Este foi o segundo dia de visita do presidente ao Maranhão.

Foram entregues 287 títulos de propriedade definitiva para famílias que vivem no assentamento do projeto Assaí. Ao todo, em todo o Maranhão, existem 1.117 assentamentos de terra onde vivem 132 mil famílias.

De acordo com o governo federal, já foram entregues 17.084 documentos de titulação, entre provisórios e definitivos, para todo o estado do Maranhão. Desse total, 16.616 são para agricultores de assentamentos da Reforma Agrária e 468 para beneficiários da Regularização Fundiária.

O presidente entregou os títulos ao lado dos ministros General Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI; Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura; Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Gilson Machado, ministro do turismo; Geraldo Melo, presidente do Incra; Carlos Bolsonaro, vereador do RJ e ao lado de políticos locais.

A chegada do presidente em Açailândia provocou aglomeração e tumulto. Sem máscara, Bolsonaro cumprimentou apoiadores que ficaram aglomerados em uma grade de proteção, que foi colocada no local.

Antes do início do evento, apoiadores de Bolsonaro responderam aos desdobramentos da CPI da Covid, com gritos de 'Renan, vagabundo', em referência ao relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em resposta, o presidente também gritou a frase (veja o vídeo abaixo).

Ataques à Flávio Dino

Durante o discurso, Bolsonaro criticou e fez ataques ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Em um momento, ele chegou a comparar o governador com o ditador Kin Jong-un, da Coreia do Norte e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

"Lá na Coreia do Sul [na realidade, a ditadura ocorre na Coreia do Norte], tem uma ditadura, o ditador não é um gordinho? Na Venezuela, tem uma ditadura, não é um gordinho? Quem é o gordinho ditador do Maranhão?", disse Bolsonaro.

Por meio de uma rede social, Flávio Dino rebateu as críticas feitas por Bolsonaro e disse que é estranho e dispensável o presidente estar preocupado com o peso dele. O governador disse que está em ótima saúde física, mental e está ocupado com vacinas, pessoas doentes e coisas mais sérias.

"Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público", disse Flávio Dino, em uma rede social.

Ainda durante a cerimônia, o presidente Bolsonaro voltou fazer outras críticas a Flávio Dino. Em novo discurso, ele afirmou que em breve, o Maranhão será libertado do que chamou de 'praga', se referindo ao comunismo. Nas eleições de 2018, Dino foi eleito ainda em 1º turno com 59,29% dos votos válidos.

Bolsonaro também afirmou que o desemprego no Maranhão está relacionado as medidas restritivas contra a Covid-19, implementadas pelo governo do Estado. Segundo o presidente, as restrições adotadas por Dino não possuem comprovação científica.

"Quero dizer a todos do Maranhão que perderam seus empregos, não foi obra do governo federal. Quem fechou o comércio, obrigou vocês a ficar em casa e destruiu milhares de empregos foi o governador do seu estado. E as medidas aqui adotadas pelo seu governador, não tem qualquer comprovação científica", finalizou.

Após o fim do evento, Bolsonaro voltou a cumprimentar apoiadores que o aguardavam do lado de fora do Parque de Exposições José Egídio Quintal Filho, localizado na BR-222, em Açailândia. Ele posou para fotos com populares e com militares do Exército. Em seguida, Bolsonaro embarcou de volta à Brasília.

Inauguração de ponte

Após participar da entrega da 'Ponte Estaiada', sobre o Rio Parnaíba, que liga os municípios de Alto Parnaíba (MA) Santa Filomena (PI), Bolsonaro passou a noite de quinta-feira (20) no 50º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército, em Imperatriz, município a 626 km de São Luís.

Antes do evento, o presidente desfilou na garupa de uma moto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Alto Parnaíba. A pé, sem capacete e máscara, ele acionou apoiadores e provocou aglomeração.

Em discurso, o presidente Bolsonaro prometeu aumentar o valor do Bolsa Família. Contudo, o presidente não detalhou qual o valor, quando o reajuste será feito e qual origem do recurso.

"Estamos trabalhando para que, após o quarto mês dessa terceira etapa do auxílio emergencial, suba o valor médio do bolsa família. Sabemos que, com esse período de pandemia, houve inflação, sabemos que aumentou o preço da alimentação e aumentou o preço de muitas outras coisas", disse.

(G1)


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