Crime histórico - Você sabe como o ditador romano Júlio César foi assassinado?

A trajetória e o trágico fim de Júlio César
Em 15 de março de 44 a.C, o ditador romano Júlio César sofreu um trágico desfecho. Aquele que tinha como lema “vim, vi e venci” foi brutalmente assassinado por membros do Senado. Aqueles que o mataram acreditavam que ele governava de maneira autocrática e autoritária, marcando o fim da República e o início do Império.

César sempre foi um líder e estrategista excepcional. Quando foi deposto do cargo de governador das Gálias, em vez de voltar a Roma como um homem comum, decidiu invadir a Itália, cruzando o Rubicão e declarando “alea jacta est” (a sorte está lançada). Após intensa guerra civil, tornou-se o imperador absoluto de Roma.

Quem foi Julio César?

Oriundo de uma família aristocrática, Júlio César (100 a.C.-44 a.C) se destacou como um dos maiores líderes militares da história. Utilizou suas bem-sucedidas campanhas militares nas Gálias (atuais França e Bélgica) como trampolim para suas ambições políticas. Em parceria com Pompeu e Crasso, formou o primeiro triunvirato em 60 a.C.. Após a morte de Crasso, iniciou uma disputa pelo poder com Pompeu, que contava com o apoio do Senado.

Como foi o reinado de Júlio César?

Julio César viveu no auge da expansão romana, conquistando territórios vastos, invadindo o Egito e intervindo na disputa dinástica em favor de Cleópatra. Quando retornou a Roma, foi nomeado cônsul vitalício e, em fevereiro de 44 a.C., assumiu o título de “ditador perpétuo”. Tal excesso de poder e posterior rejeição a instituições democráticas, aliado a seu desprezo por críticas e advertências, fizeram com que acumulasse inimizades, pavimentando o caminho para seu trágico destino.

Júlio César foi um tirano?

A visão de Júlio César como um tirano não é unânime entre os historiadores. Apesar de ter acumulado excesso de poder e instaurado um sistema ditatorial, muitos de seus planos nunca se concretizaram. No entanto, suas ações deram uma nova direção ao desenvolvimento do Império Romano. A questão de sua tirania, portanto, continua um debate até os dias de hoje.

No dia 15 de março de 44 a.C., foi assassinado com 23 facadas nas escadarias do Senado por um grupo de 60 senadores. Entre eles estava Marcus Julius Brutus, seu filho adotivo, que virou figura central na trama do assassinato, evidenciada pelas últimas palavras de César: “Até tu, Brutus”. Trata-se do mais conhecido atentado político da Antiguidade, repercutindo ao longo dos séculos, desde a obra “De vita Caesarum” de Suetônio até produções culturais contemporâneas.

(canalcienciascriminais)