CINEMA RONDONIENSE - Curta ‘Ela Mora Logo Ali’ ganha seu décimo quinto prêmio em festivais nacionais | Notícias Tudo Aqui!

CINEMA RONDONIENSE - Curta ‘Ela Mora Logo Ali’ ganha seu décimo quinto prêmio em festivais nacionais

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O filme narra, de forma poética, a vida de uma mulher porto-velhense, analfabeta e mãe atípica (mãe de pessoas com deficiência)

 

As batalhas diárias de dona Nininha para sobreviver e conseguir criar um filho deficiente sozinha é o foco da narrativa do filme "Ela Mora Logo Ali". O curta, dirigido e roteirizado Fabiano Barros e Rafael Rogante, baseado no argumento de Fabiano Barros, já arrebatou nada menos do que 15 prêmios em sua trajetória de exibições em festivais pelo Brasil.

O décimo quinto prêmio (melhor Roteiro) foi ganho esta semana no Cineforte - Festival de Cinema de Cabedelo, na Paraiba, ocorrido de 2 a 4/2. O evento aconteceu na Fortaleza de Santa Catarina, monumento histórico símbolo dessa cidade paraibana que é banhada pelo mar.

O filme rondoniense concorreu com curtas-metragens de todo o Brail e de gêneros diferentes. Ele recebeu as  indicações nas seguintes categorias: Melhor Edição, Melhor direção, Melhor filme de Ficção, Melhor Filme, Melhor Atriz.

Neto Cavalcanti

 A direção de fotografia é de Neto Cavalcanti, a montagem e colorização de Michele Saraiva. A trilha sonora original é de responsabilidade de Anderson Benvindo, Rinaldo dos Santos, Anderson Silva e Rodolfo Bártolo, protagonizado por Agrael de Jesus.

Resenha do curta

O filme narra, de forma poética, a vida de uma mulher porto-velhense, analfabeta e mãe atípica (mãe de pessoas com deficiência). Interpretada com enorme carisma por Agrael de Jesus, ela tem como sustento a venda de bananas fritas nos semáforos da capital.

Dividindo seu tempo entre o trabalho e os cuidados com seu filho Dinho, interpretado por João Victor Alves De Oliveira, pessoa com deficiência (síndrome de West), que compartilha com a ajuda de sua irmã (Marcela Bonfim). Até que um dia, a vendedora conhece a literatura através de uma estudante (Rafaela Oliveira) com quem faz o trajeto no ônibus de volta para casa, e essa descoberta acaba por se tornar o ponto de partida para uma nova jornada.

Direção

O diretor Fabiano Barros explica que a ideia de produzir o filme surgiu da convivência com mães atípicas. "Desde criança convivo com essas mães e durante alguns anos fazendo parte do movimento Mães Coragem indesistíveis, observei suas lutas e dificuldades em sobreviver em um mundo que as tornam invisíveis. E mesmo recebendo uma carga negativa da sociedade, não se isentam de, a cada dia, trazer o que há de melhor para seus filhos".  Ele explica ainda que depois da ideia veio o título que foi emprestado da música homônima de Marfiza de França e Thalles Roberto.

Barros esclarece que a ideia de produção do curta surgiu há sete anos, mas só foi possível ser realizada por meio de recursos da Lei Aldir Blanc.

Para Rafael Rogante foi uma das coisas mais fascinantes em trabalhar no projeto. "Foi a possibilidade de estar presente e descobrir um Brasil completamente novo, com pessoas que compartilham uma vivência e cultura diferente da minha e que acima de tudo foram tão generosas, companheiras e excelentes profissionais", diz.

Para ele, o curta ficou tão grandioso que nem coube em 15 minutos.

A fotografia além de bela, traz referências diversas da cidade de Porto Velho, que vai desde a localidade, passando pela sociedade e costumes.

"Uma honra participar de um projeto tão lindo! O curta-metragem é um choque de realidade, carregado de amor e resiliência. Fazer a direção de fotografia desse filme foi um grande presente. A palavra que define todo esse projeto é gratidão”, afirma Neto Cavalcanti diretor de fotografia.

Experiência

Já a atriz Agrael de Jesus, que interpreta a mãe, fala que o trabalho foi uma experiência única. “É a primeira vez que protagonizo um filme, e o desafio de estar representando um personagem tão forte me trouxe um senso de responsabilidade sem igual, uma vez que mergulhei na realidade dessas mães que lutam diariamente para garantir o conforto para seus filhos. Fiquei encantada com toda a produção e com a generosidade de todos que estavam empenhados e acreditando no projeto”.

(rondoniaovivo)


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