O DESAFIO DE SER MAU - 'Ninguém gosta de fazer o galã', diz Dalton Vigh, acostumado a interpretar vilões em novelas
Ator, de 58 anos, revela que o rótulo de 'bonitão' não o incomoda, mas admite que prefere fazer os personagens malvados pela liberdade na hora da composição
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Com longa lista de trabalhos em uma carreira de quase três décadas, o ator Dalton Vigh, de 58 anos, diz que o rótulo de galã nunca o incomodou, mas admite que prefere fazer vilões por ter mais facilidade (e liberdade) na composição dos personagens. A declaração foi feita à reportagem do R7, após ter participado de O Programa de Todos os Programas.
"Na verdade, o que incomoda é você ficar só sendo isso. Eu tive a oportunidade de fazer outros personagens que foram vilões. E, é claro, se a sua única função é ser bonito, não é muito interessante. Não precisaria nem ir à escola de teatro e aprender um monte de coisa", diz Vigh.
"Normalmente, os galãs são os personagens muito mais limitados, porque toda história vive de conflito. Ninguém gosta. É muito mais difícil você fazer um galã em questão de composição de personagem do que o vilão. Você tem mais liberdade de brincar com a estética, com o comportamento dele. O galã não", completou ele, responsável por vilões como Sahid e Clóvis Ferraço.
Ao ser questionado sobre assédio, Dalton Vigh — que está prestes a completar 59 anos — afirma ter sido mais paquerado por fãs quando era jovem.
"Eu recebia cartas e mais cartas de meninas mandando foto — naquela época era carta, não tinha email, né? A foto era foto mesmo, não era foto digital. Então tinha muita declaração de meninas assim", conta ele.
Casado com a atriz Camila Czerkes desde 2012 e pai dos gêmeos Arthur e David, Vigh mantém a vida pessoal longe dos holofotes. Quanto a sua discrição, ele explica que o seu objetivo nunca foi ter a fama pela fama e critica a exposição nas redes sociais.
"Na minha época, falar da sua vida não era legal. Eu continuo assim. Ser famoso nunca foi meu objetivo. Meu objetivo era ser ator, mas uma coisa está vinculada à outra. Então, eu tive que fazer um trabalho para aceitar que eu teria que ter fama, que é um resultado do trabalho. É um ônus", disse ele.
"E eu não vejo com bons olhos as redes sociais. 'Ah, eu comi, vou colocar foto do que eu estou comendo.' Eu não acho que a rede social seja benéfica por si. Eu acho que o mundo mudou muito depois da internet, principalmente depois de redes sociais", completou.
(R7)
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