DOUTRINADA E TRANSFORMADA - De herdeira milionária à guerrilheira comunista: conheça a história do sequestro de Patricia Hearst
Em 1974, um acontecimento parou os Estados Unidos provocando uma reviravolta inacreditável na vida de uma jovem milionária. Patricia Hearst, neta de um dos maiores magnatas da imprensa norte-americana, William Randolph Hearst, foi sequestrada pelo grupo de guerrilha marxista Exército Simbiótico de Libertação (SLA). No entanto, chocando a todos, ao longo do período de sequestro, Patricia se converteu à ideologia do grupo, e tornou-se uma de suas combatentes. Da vida de filantropia bancada pela fortuna familiar, Patricia foi de herdeira ao estigma de guerrilheira.
A notoriedade de sua família teve grande influência na mídia e na opinião pública. Seu avô, por exemplo, inspirou o filme “Cidadão Kane”, de Orson Welles, onde é contada a história de um poderoso magnata da imprensa chamado Charles Foster Kane. Mas, após seu sequestro e conversão, tudo isso parecia insignificante para Patricia.
Como ocorreu a transformação de Patricia Hearst?
Com apenas 19 anos, estudante na Universidade de Berkeley, na Califórnia, e dividindo um apartamento com seu namorado, a vida tranquila de Patricia foi interrompida abruptamente. O grupo guerrilheiro obcecado com a queda da “ditadura corporativa” do presidente Richard Nixon, considerava a família Hearst, um exemplo da ‘classe superfascista’ no controle do país. No dia 3 de abril de 1974, mudou definitivamente a rota de Patricia, quando em uma gravação enviada à imprensa, declarou-se membro do SLA, adotando o nome de Tania, em homenagem a uma guerrilheira que acompanhou Che Guevara na Bolívia.
O que aconteceu após Patricia Hearst se juntar ao SLA?
Com o novo nome e a fúria revolucionária, Patricia/Tania não demorou a agir. Em menos de duas semanas, ela participou de um assalto a banco em São Francisco, episódio no qual duas pessoas foram feridas, e Patricia foi flagrada pelas câmeras da agência bancária empunhando uma arma. Meses depois, em um tiroteio durante uma tentativa de assalto a uma loja em Los Angeles, Patricia esteve envolvida novamente, culminando, nesta ocasião, na sua reclassificação de “vítima de sequestro” para “criminosa procurada” pelos órgãos policiais.
O fim desta saga ocorreu com o “julgamento do século”, devido ao grande impacto midiático. Sua defesa alegou que ela sofria da ‘Síndrome de Estocolmo’, uma condição psicológica que faz com que sequestros desenvolvam sentimentos de afeto e solidariedade para com seus sequestradores. Apesar disso, Patricia foi condenada a sete anos de prisão. A condenação, no entanto, foi atenuada pelo presidente Jimmy Carter em 1979, que reduziu sua pena, fazendo com que Patricia cumprisse apenas dois anos de prisão. Em 2001, o ex-presidente Bill Clinton concedeu a Patricia Hearst perdão completo pelos crimes que cometeu como parte do SLA.
(canalcienciascriminais)
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