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A 2ª MORADA É AZUL -Segunda Terra pode estar escondida no Sistema Solar

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Cientistas estudam a possibilidade de existir um 'Planeta Nove', uma espécie de segunda Terra escondida além do alcance no Sistema Solar

 

Muitos detalhes sobre os confins do Sistema Solar permanecem desconhecidos pela ciência. Até um planeta relativamente grande e parecido com a Terra pode ter passado despercebido.

Novas evidências apontam para a possibilidade da existência de um mundo oculto. Essa hipótese surgiu com a descoberta de objetos agrupados na órbita de Netuno — os chamados objetos transnetunianos (“trans-Neptunian objects“, ou TNOs na sigla em inglês).

O que é um TNO?

Um objeto transnetuniano é qualquer planeta/objeto menor do Sistema Solar que orbita o Sol a uma distância média maior que Netuno.

Segunda Terra?

  • Isso levou os cientistas a estudar a possibilidade de existir um ‘Planeta Nove’, uma espécia de segunda Terra escondida além do alcance.

  • Segundo os cientistas planetários Patryk Sofia Lykawka, da Universidade Kindai, no Japão, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, este mundo seria congelado e escuro.

  • Não teria mais que 3 vezes a massa da Terra e estaria a cerca de  500 unidades astronômicas do Sol (medida de comprimento que usa como referência a distância média da Terra ao Sol).

A título de comparação, o objeto mais distante que já conseguimos encontrar no Sistema Solar estava a uma distância de 132 unidades astronômicas do Sol. Plutão, por exemplo, está a uma distância média de 40 unidades astronômicas do Sol.

Prevemos a existência de um planeta semelhante à Terra e de vários objetos transnetunianos em órbitas peculiares no sistema solar exterior

Patryk Sofia Lykawka, da Universidade Kindai, no Japão, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão

O que existe além de Netuno pode ser a chave

  • Além de Netuno (a 30 unidades astronômicas do Sol) há o cinturão de Kuiper, composta por rochas geladas e planetas anões que também são TNOs.

  • Nos últimos anos, com telescópios e pesquisas mais avançadas, foi possível encontrar muito mais TNOs e identificar padrões.

  • Um desses padrões é o agrupamento. Alguns TNOs se movem em grupos em órbitas inclinadas, o que sugere que foram influenciados gravitacionalmente por algo muito maior.

Em 2016, os astrônomos Mike Brown e Konstantin Batygin apontaram um hipotético Planeta Nove como o culpado. Segundo a dupla de astrônomos, este planeta pode ser ter cerca de 6,3 vezes a massa da Terra, orbitando a uma distância superior a 460 unidades astronômicas.

Impressão artística do susposto Planeta Nove. Imagem: Reprodução/Caltech/R. Hurt/IPAC.

Mas eles não foram os primeiros a identificar essa possibilidade. Os pesquisadores japoneses Lykawka e Tadashi Mukai, da Universidade de Kobe, também observaram um agrupamento de TNOs em 2008 que poderia estar ligado à presença de um planeta oculto no cinturão de Kuiper.

Eles dizem que este planeta parecido com o nosso teria uma massa entre 1,5 e 3 vezes a da Terra e uma órbita cujo ponto mais distante do Sol estaria entre 250 e 500 unidades astronômicas do Sol.

Por ora, isso é tudo que foi descoberto sobre o Planeta Nove. A expectativa é que mais detalhes sejam revelados à medida que as técnicas e instrumentos de pesquisa evoluem.

“Um conhecimento mais detalhado da estrutura orbital no distante Cinturão de Kuiper pode revelar ou descartar a existência de qualquer planeta hipotético no sistema solar exterior”, conclui a dupla de cientistas japoneses. 

As informações são do Science Alert. A pesquisa sobre a possível segunda Terra foi publicada no The Astronomical Journal.

(olhardigital)


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