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FAROESTE EM VILHENA - Ataque a tiros deixa dois baleados; Caminhoneiro é preso por engano

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Em um desenrolar confuso e trágico, o caminhoneiro, ao tentar recuperar seu veículo, foi confundido com um dos faccionados e preso pelo policial à paisana, apesar de suas alegações de que também era uma vítima

 

Um ataque a tiros ocorrido na tarde de segunda-feira (12) no bairro Bodanese, em Vilhena, deixou dois homens feridos e culminou na prisão equivocada de um caminhoneiro. O incidente, que teria ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), envolveu perseguição, tiroteio e um caso de identidade trocada, gerando confusão entre os envolvidos.

De acordo com relatos de testemunhas, as vítimas do ataque eram trabalhadores de uma obra na região, que voltavam para casa em um veículo VW Gol. O pedreiro, identificado por estar de camisa verde, dirigia o carro, enquanto seu ajudante, um ex-presidiário que recentemente progrediu para o regime semiaberto, estava no banco do passageiro, vestindo uma camiseta vermelha.

Durante o trajeto, os dois homens foram perseguidos por criminosos em uma motocicleta, que efetuaram disparos na tentativa de atingir o ex-presidiário. No entanto, o pedreiro também foi atingido. Ambos foram socorridos e levados, conscientes, para a emergência do Hospital Regional de Vilhena.

Após o ataque, os atiradores tentaram fugir, mas foram seguidos por um policial militar que estava de folga e que conseguiu prender um dos suspeitos. No entanto, as circunstâncias da fuga resultaram em um desdobramento inusitado: durante a tentativa de escapar, os criminosos tiveram problemas mecânicos com a motocicleta usada no crime e roubaram a motoneta de um caminhoneiro que passava pelo local.

Em um desenrolar confuso e trágico, o caminhoneiro, ao tentar recuperar seu veículo, foi confundido com um dos faccionados e preso pelo policial à paisana, apesar de suas alegações de que também era uma vítima. Uma testemunha sugeriu que ele poderia ser o piloto da moto usada no ataque, aumentando ainda mais as dúvidas sobre sua participação.

O veículo deixado para trás pelos criminosos, uma Honda CB 300 vermelha, ano 2010, não possui registros de roubo ou furto na polícia e tem placa registrada em Vilhena. Já o caminhoneiro estava em uma motoneta Honda Biz preta quando foi abordado pelos criminosos.

Para esclarecer o ocorrido, a família do caminhoneiro reuniu imagens de câmeras de segurança da empresa onde ele trabalha e de um restaurante em Vilhena, que confirmam seus movimentos antes do crime. Essas provas serão apresentadas à polícia na tentativa de esclarecer sua inocência.

Enquanto as investigações continuam, o caso destaca a complexidade das operações envolvendo facções criminosas e os riscos de equívocos em situações de alta tensão. As autoridades agora trabalham para identificar todos os envolvidos e determinar a verdadeira responsabilidade pelo ataque a tiros.


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