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STF GOVERNANDO O BRASIL - Sob rigorosas condições Flávio Dino libera pagamento de emendas parlamentares suspensas desde agosto

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A liberação das emendas deve destravar votações no Congresso Nacional, mas parlamentares deverão cumprir regras de transparência

 

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou, nesta segunda-feira (2/12), a volta do pagamento das emendas parlamentares, que estava paralisado desde agosto, quando Dino decidiu que o Legislativo precisava atender aos requisitos constitucionais da transparência e rastreabilidade.

Os parlamentares deverão cumprir uma série de regras. Por exemplo, as emendas de relator (RP 9) e de comissão (RP 8) estão liberadas com a devida identificação dos parlamentares; as emendas Pix serão liberadas com a devida apresentação do plano de trabalho prévio; e as emendas anteriores a 2025 terão prazo de 60 dias para que a ausência de plano de trabalho seja sanada.

No caso das emendas de bancada, deverão ser individualizadas. E, daqui para frente, as emendas só serão liberadas com plano e em contas específicas.

A liberação das emendas deve destravar votações no Congresso Nacional. Os parlamentares esperavam que Dino liberasse a modalidade até sexta-feira (29/11). Segundo eles, a retomada dos recursos é crucial para dar prosseguimento à análise de pautas importantes para o governo.

Na decisão, Dino chegou a afirmar que, “cogitando ser verdadeira a reiterada armação das advocacias do Senado e da Câmara de que é impossível recompor plenamente o itinerário percorrido para a execução pretérita de parte expressiva das emendas parlamentares, temos a
gravíssima situação em que BILHÕES DE REAIS do Orçamento da Nação tiveram origem e destino incertos e não sabidos”.

O ministro concluiu ser “pouco crível que a execução de bilhões de reais do dinheiro público tenha se dado sem ofícios, e-mails, planilhas, ou que tais documentos existiram e foram destruídos no âmbito dos Poderes Legislativo ou Executivo”.

A decisão de Dino deve, ainda, ser confirmada pelo plenário do STF.

Em dezembro, o Congresso terá agenda apertada para votar pautas prioritárias, como a revisão de gastos públicos e os dois textos que compõem a peça orçamentária: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária (LOA).

As emendas parlamentares

Após a determinação do STF, o Congresso começou a se mobilizar sobre o assunto das emendas. O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) criou proposta que estabelece série de normas para atender às exigências de transparência e rastreabilidade.

O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados em novembro e já trazia algumas das regras a serem seguidas pelos parlamentares.

(Metropoles)


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