SÓ NOTÍCIA RUIM - PIB desacelera, e mal chega a 0,9% no 3º trimestre
Taxa de expansão foi inferior na comparação com o 2º trimestre deste ano; alta anualizada é de 3,1%
O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 0,9% no 3º trimestre em comparação com o 2º trimestre. A taxa de expansão foi inferior à registrada no trimestre anterior, quando a economia brasileira avançou 1,4%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 3ª feira (3.dez.2024). Eis a íntegra do relatório (PDF – 2 MB).
Em valores, a economia brasileira movimentou R$ 3,0 trilhões no 3º trimestre. As projeções dos agentes financeiros indicavam que a alta seria de 0,7% a 1,0% em relação ao 2º trimestre.
Em novembro, o BC (Banco Central) divulgou que a prévia do PIB, calculada pelo IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) subiu 1,1% no 3º trimestre em relação ao anterior. Já o Monitor do PIB, da FGV (Fundação Getulio Vargas), teve alta de 0,8% no mesmo período.
O PIB do Brasil cresceu pelo 13º trimestre consecutivo em relação ao trimestre imediatamente anterior. A última vez que registrou queda foi no 2º trimestre ante o 1º trimestre de 2021, quando recuou 0,6%.
A taxa anualizada –acumulada em 4 trimestres– foi de 3,1% no 3º trimestre. Havia sido de 2,7% no trimestre anterior.
PROJEÇÕES PARA 2024
A atividade econômica surpreendeu positivamente os agentes do mercado financeiro. No último Boletim Focus de 2023, as projeções indicavam uma alta de 1,52% no PIB do Brasil em 2024.
A última estimativa, divulgada na 2ª feira (2.dez), era de um crescimento de 3,22% neste ano.
O Banco Central disse, em setembro, esperar uma expansão de 3,2% na atividade econômica neste ano. Já o Ministério da Fazenda projeta uma alta de 3,3%.
INVESTIMENTO E POUPANÇA
A taxa de investimento foi de 17,6% do PIB no 3º trimestre. Acelerou em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi de 16,4%. Já a taxa de poupança caiu de 15,4% para 14,9% no mesmo período.
PIB DE 0,9% NO 3º TRI
O PIB cresceu 0,9% no 3º trimestre em relação com o 2º, na série com ajuste sazonal. Segundo o IBGE, a maior alta foi do setor de serviços, que avançou 0,9% no período. A indústria teve alta de 0,6%. Já a agropecuária teve queda de 0,9%.
O setor de serviços foi impulsionado pelos segmentos;
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informação e comunicação (+2,1%);
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outras atividades de serviços (+1,7%);
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atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (+1,5%);
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atividades imobiliárias (+1,0%);
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comércio (+0,8%);
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transporte, armazenagem e correio (+0,6%)
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e administração, defesa, saúde, educação pública e seguridade social (+0,5%).
Já a indústria teve alta de 0,6%, impulsionada pelas indústrias de transformação (+1,3%). A alta do setor só não foi maior por causa das quedas em construção (-1,7%), eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%) e indústrias extrativas (-0,3%).
Pelo lado da despesa, o IBGE disse que o consumo das famílias teve expansão de 1,5% no 3º trimestre em relação ao anterior. Já o consumo do governo cresceu 0,8% no mesmo período.
A FBCF (formação bruta de capital fixo) avançou 2,1% em relação ao trimestre anterior. As exportações de bens e serviços tiveram queda de 0,6%. Já as importações cresceram 1%.
ALTA DE 4% ANTE 3º TRI DE 2023
A economia brasileira teve uma alta de 4,0% no 3º trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O setor de serviços cresceu 4,1% no mesmo intervalo de comparação. A indústria avançou 3,6%. Já a agropecuária caiu 0,9%.
ENTENDA O PIB
O Produto Interno Bruto é a soma de tudo o que o país produziu em determinado período. É um dos indicadores mais importantes do desempenho de uma economia. O resultado oficial é calculado de duas formas pelo IBGE: pela ótica da oferta, que considera tudo o que foi produzido no país, e pela ótica da demanda, que considera tudo o que foi consumido.
Pelo lado da oferta, são considerados:
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a indústria;
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os serviços;
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a agropecuária.
Já pelo lado da demanda, são considerados:
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o consumo das famílias;
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o consumo do governo;
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os investimentos;
-
as exportações menos as importações.
O resultado é apresentado trimestralmente pelo IBGE, que tem até 90 dias depois do fechamento de um período para fazer a divulgação. Os dados consolidados, entretanto, ficam prontos só depois de 2 anos.
(Poder360)
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