A DIREITA VAI AO EUA - Deputados rondonienses preparam viagem para posse de Donald Trump; mais de 40 formarão comitiva do Brasil

Bolsonaro depende de autorização judicial para comparecer

No próximo dia 20 de janeiro, a cerimônia de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos promete contar com a presença de uma delegação de parlamentares brasileiros, incluindo representantes de Rondônia. Entre os quase 40 deputados federais que já estão organizando a viagem, três são do Estado: Cristiane Lopes, Coronel Chrisóstomo e Fernando Máximo.

A vitória de Trump, que retornou à Casa Branca após as últimas eleições, foi amplamente celebrada por apoiadores da direita no Brasil, incluindo muitos parlamentares alinhados com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora dois dos três senadores rondonienses, Jaime Bagattoli e Marcos Rogério, tenham expressado apoio à direita, ainda não confirmaram oficialmente se também participarão da cerimônia em Washington.

A comitiva brasileira está sendo organizada pelos deputados Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis, e deve contar com a participação de outros parlamentares da região Norte, como Coronel Ulysses (Acre), Delegado Caveira (Pará), Silvia Waiãpi (Amapá) e Capitão Alberto Neto (Amazonas). No total, cerca de 30 outros deputados de diferentes estados do Brasil estão planejando comparecer à posse de Trump, demonstrando o fortalecimento dos laços políticos entre a direita brasileira e o movimento liderado pelo ex-presidente americano.

Uma questão que ainda paira no ar é a possível participação de Jair Bolsonaro na cerimônia. Convidado pessoalmente por Donald Trump, o ex-presidente brasileiro, no entanto, enfrenta um grande obstáculo legal. Desde sua condenação pela Justiça Eleitoral e os processos que enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF), seu passaporte foi apreendido por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Para poder viajar ao exterior, Bolsonaro precisaria solicitar autorização ao STF, e não há garantias de que essa permissão será concedida.

Há especulações de que o pedido de autorização poderá ser negado, considerando o histórico de confrontos entre Bolsonaro e o ministro Moraes, que já o considera inelegível devido a acusações de ataques à democracia. Nos próximos dias, deve haver um desfecho sobre essa questão, com a expectativa de novos desdobramentos jurídicos.

A presença de deputados rondonienses e outras lideranças políticas brasileiras na posse de Trump reflete a continuidade do apoio de setores da direita no Brasil às políticas e ideologias defendidas pelo ex-presidente dos EUA. No entanto, a possível ausência de Bolsonaro, devido às restrições impostas pela Justiça brasileira, ressalta as complexidades que cercam a atual conjuntura política e judicial no país.

Enquanto isso, os parlamentares de Rondônia que planejam viajar para os Estados Unidos reforçam sua aliança com figuras da direita global, buscando demonstrar seu alinhamento com os ideais que Trump representa. A participação deles na posse será uma oportunidade de estreitar laços com conservadores em um cenário político global em transformação.

Aguardam-se novos desdobramentos sobre a liberação do passaporte de Bolsonaro e a definição completa da comitiva que representará o Brasil na cerimônia em Washington.

(JH Noticias)