DUELO POLÍTICO DE 2024 - Presença em debates vira primeiro entrave entre Nunes e Boulos no 2º turno | Notícias Tudo Aqui!

DUELO POLÍTICO DE 2024 - Presença em debates vira primeiro entrave entre Nunes e Boulos no 2º turno

Compartilhe:

Prefeito defende que sejam realizados apenas três debates, mas candidato do PSOL quer entre 7 e 9 encontros ao longo do segundo turno

 

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O primeiro entrevero entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) na disputa de segundo turno para a Prefeitura de São Paulo gira em torno da presença em debates. O prefeito afirma que, com 12 programas previstos em 15 dias, só deve comparecer a 3, enquanto o deputado sugere uma redução para 7 ou 9.

A campanha de Nunes pediu que os veículos de imprensa se unam em debates conjuntos, prática chamada de pool, para diminuir o número de programas. De qualquer forma, seus aliados querem escolher apenas os três principais para participar.

Boulos diz que comparecerá a todos os debates -embora defenda a redução menos drástica do que a proposta por Nunes- e usa a decisão do prefeito para atacá-lo, afirmando que o rival quer se esconder e tem medo do que será exposto nos programas, tanto em relação à administração municipal quanto em relação ao seu histórico na política e na vida pessoal.

Em resposta, a campanha do MDB resgatou uma fala de Boulos na campanha de 2020, em que defendeu apenas três encontros, o que foi rebatido pela equipe do PSOL, lembrando que havia pandemia na época.

Folha de S.Paulo e UOL, por exemplo, planejam repetir em conjunto no segundo turno um debate para a Prefeitura de São Paulo.

No primeiro turno, houve 11 debates, mas tanto Nunes quanto Boulos faltaram a um deles, apesar de o deputado do PSOL ter dito à CBN, nesta terça-feira (8), que compareceu a todos.

Os dois, além de José Luiz Datena (PSDB), não foram ao evento promovido pela Veja, que contou apenas com Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo).

A essa altura, a participação nos debates é uma estratégia que traz mais benefícios para Boulos do que para Nunes, que detém o favoritismo no segundo turno.

A campanha de Nunes quer evitar os encontros em que a gestão do emedebista acaba sendo alvo e pondera que ele ainda acumula a eleição com a função de prefeito. Além disso, aliados de Nunes afirmam que os debates são momentos de nervosismo. O desempenho dele no debate Folha/UOL, por exemplo, gerou críticas dentro da própria campanha.

Para Boulos, que aparece atrás nas pesquisas em projeções de segundo turno contra Nunes, o debate é uma oportunidade de exposição. Seus aliados avaliam que o deputado tem bom desempenho nos encontros.

Sua equipe afirma que Boulos só tem a ganhar com a posição, porque, em caso de cancelamento dos debates, ele pode ser beneficiado se veículos de comunicação resolverem realizar sabatina com o postulante que comparecer. Além disso, colar em Nunes a pecha de "fujão" pode desgastá-lo.

O candidato do PSOL tem dito que não se furta a comparecer e provoca o opositor perguntando por que ele "tem buscado fugir e evitar os debates".

Segundo Boulos, diminuir para "9 ou 7" seria aceitável, mas "reduzir para 3 debates é coisa de quem está com medo". Em entrevista na segunda-feira (7), ele disse que "três debates são muito pouco para que o povo de São Paulo possa fazer sua escolha".

(estadodeminas)


 Comentários
Noticias da Semana
Dicas para te ajudar
TV Tudo Aqui