PROSA POÉTICA CONTEMPORÂNEA - Escritora sul-coreana é premiada com Nobel de Literatura
Han Kang é a primeira mulher asiática a receber a distinção. Academia Sueca classifica sua obra como ‘uma intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana’
A Academia Sueca anunciou nesta quinta-feira (10) que a sul-coreana Han Kang é a vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2024. A escritora de 53 anos é a primeira mulher asiática a receber a distinção.
A autora, que já havia recebido honrarias como o Man Booker International Prize, tem três livros publicados no Brasil: “A vegetariana”, “Atos humanos” e “O livro branco”, todos pela editora Todavia. A Academia descreveu seu estilo como “uma intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana”.
“Han Kang tem uma sensibilidade única a respeito das conexões entre o corpo e a alma, os mortos e os vivos, e seu estilo poético e experimental é inovador na prosa contemporânea”
Academia Sueca
em nota divulgada nesta quinta-feira (10) sobre o Nobel da Literatura de 2024
“A vegetariana”, livro mais conhecido de Kang, conta a história de uma mulher pacata que inesperadamente decide parar de comer carne. Em resenha publicada pela revista Quatro Cinco Um em 2018, por ocasião do lançamento de uma nova tradução da obra no Brasil, a editora Rita Mattar afirmou que ela é “marcada por uma concisão poderosa, em que camadas de silêncio espesso mais eloquente encobrem o erotismo e a loucura latentes de uma sociedade”.
Além do Brasil, Kang já foi traduzida para dezenas de países. Isso faz parte de um esforço da Coreia do Sul para difundir sua literatura para o mundo, patrocinando traduções e cursos do idioma mundo afora, como explicou o Nexo em 2021.
“Em muitos produtos culturais coreanos, especialmente nos livros, me deparo com uma brutalidade característica e estranhamento familiar, algo que entendo como o ‘han’, uma palavra intraduzível”, escreveu a artista coreano-brasileiro Ing Lee ao indicar livros de autoras do país ao Nexo. Para ela, o “han” vem do trauma intergeracional causado pelo histórico de colonização, guerras e separação na Coreia do Sul. E é amplificado por questões de gênero e classe. “Apesar de seu teor tão destrutivo, o ‘han’ traz consigo a transgressão em sua potência de ruptura.”
(nexo jornal)
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