
Redação, Manaus, AM, 15 de setembro de 2025 - Desde o início de setembro, o Brasil vem concentrando um efetivo composto por mais de 30 mil militares na chamada Operação Atlas 2025, considerada uma das maiores manobras militares recentes na Amazônia, com foco estratégico na faixa de fronteira entre o Amazonas, Roraima e Pará, especialmente nas divisas com Venezuela e Guiana.
Estrutura e alcance da Operação Atlas
A mobilização inicia-se com o deslocamento de tropas, blindados Leopard e Guarani, sistemas de foguetes ASTROS, obuseiros M-109, além de equipamentos logísticos por via terrestre, aquática e aérea.
O Exército, a Marinha e a Força Aérea participam com contingentes e meios sofisticados:
- A Marinha envolve cerca de 2.000 militares, com navios-patrulha, helicópteros e o navio Almirante Saboia para transporte de viaturas.
- A Força Aérea mobiliza cerca de 410 militares e opera aviões como F-5, Super Tucano, KC-390 e helicópteros H-60L.
Cronograma das fases
A operação se divide em três etapas:
- Planejamento estratégico, iniciado ainda em julho em Brasília;
- Mobilização dos recursos humanos e logísticos, prevista entre setembro e início de outubro;
- Atividades táticas integradas, realizadas em campo até novembro, com uso de munição real em ambiente terrestre, fluvial, aéreo e marítimo.
Zona de operação e justificativas geopolíticas
As ações abrangem uma área que vai de Boa Vista (RR) até trechos do Amazonas, Pará e Amapá, incluindo a Zona Econômica Exclusiva no litoral. O movimento vem em resposta às tensões geopolíticas causadas pela escalada diplomática da Venezuela sobre a disputa do território de Essequibo, atualmente sob jurisdição da Guiana.
Defesa, soberania e segurança regional
Para o Ministério da Defesa, a Operação Atlas representa uma demonstração de capacidade de resposta e de defesa da soberania brasileira na região amazônica, alinhando a interoperabilidade entre as três forças armadas.
Além disso, a operação reforça o patrulhamento contra crimes transfronteiriços, como mineração ilegal, tráfico e garimpo em terras indígenas na Amazônia.
Implicações locais no Amazonas
- O estado do Amazonas integra diretamente as frentes de atuação da operação, com deslocamentos logísticos que cruzam sua extensa área florestal.
- A 12.ª Região Militar, com sede em Manaus, coordena a logística de transporte e apoio aos destacamentos de fronteira, tornando-se peça-chave na execução das manobras.
- A ação reforça a presença do Estado brasileiro em regiões remotas, onde há históricas deficiências de infraestrutura e comunicação.
Resumo das principais informações
Tema | Destaques |
---|---|
Operação Atlas 2025 | Mobilização de mais de 30 mil militares com Exército, Marinha e FAB |
Zona de atuação | Fronteiras com Venezuela e Guiana, incluindo áreas do Amazonas e Roraima |
Meios envolvidos | Blindados, foguetes ASTROS, aviões de caça e transporte, navios e helicópteros |
Objetivos estratégicos | Defesa da soberania, integração das Forças Armadas e atuação contra crimes transfronteiriços |
Logística regional | Apoio da 12.ª Região Militar em Manaus para suprimentos e transporte nas áreas remotas |
Fonte: noticiastudoaqui.com