ESTADO PARALELO - Policial citado por Gritzbach é preso pela PF
PF e MPSP cumpriram mandado de prisão e de busca e apreensão em operação que investiga lavagem de dinheiro para o PCC por meio de fintechs
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São Paulo — O policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior foi preso nesta terça-feira (25/2) em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Polícia Federal (PF). A investigação, que mira na atuação das fintechs 2GO Bank e Invbank, foi iniciada a partir da delação de Vinicius Gritzbach (galeria de fotos), jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e executado a tiros de fuzil em novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Cyllas Elia é fundador e CEO da fintech 2GO Bank. Ele já havia sido preso em 26 de novembro do ano passado, durante a Operação Tai-Pan, da PF, contra crimes financeiros que movimentaram R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos. O policial foi solto em janeiro após decisão da Justiça Federal, mas estava afastado das funções e responde a um procedimento na Corregedoria da Polícia Civil.
A Operação Hydra, deflagrada nesta terça, tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa.
De acordo com o MPSP, Gritzbach “jogou luz na atuação de fintechs para o branqueamento de bens e valores oriundos de atividades criminosas”. Essa é uma das frentes das investigações realizadas pela PF, cujo objetivo é desarticular esquema de lavagem de dinheiro por meio das instituições de pagamento.
Em resumo, duas empresas ofereciam serviços financeiros de forma alternativa às instituições bancárias tradicionais, movimentando valores ilícitos. Elas constituíram engenharia financeira complexa para velar os reais beneficiários.
Nesta terça, a PF e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPSP, cumpriram um mandado de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de São Paulo, Santo André e São Bernardo.
(Metropoles)