REBATENDO O ESTADÃO - Os erros de Luís Roberto Barroso

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      O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, publicou nesta segunda, 13, um artigo no jornal Estadão repudiando os “mais de 40 editoriais produzidos” tendo por objeto o STF.

      Na condição de presidente da Corte, cabe a Barroso representar institucionalmente o tribunal, algo que deveria ser vedado aos demais.

      Mas Barroso se equivoca em pelo menos sete momentos ao longo do seu texto de apenas meia página.

      1. Importância do Judiciário

      O magistrado afirma que o número elevado de editoriais sobre o STF no jornal “revela a importância que o Judiciário tem na vida brasileira, seu papel na preservação da estabilidade institucional e nas conquistas da sociedade“.

       

      É o primeiro erro de Barroso.

      Na realidade, o número elevado de editoriais tem a ver com os abusos constantes do STF, ameaçando a preservação da estabilidade institucional e as conquistas da sociedade.

      Se não fossem por essas violações constantes da ordem constitucional, não haveria motivo para publicar tantos editoriais e o STF seria um assunto de menor importância no país.

      2. Judicialização

      Barroso argumenta orgulhoso que o Brasil “é o país que ostenta o maior grau de judicialização do mundo“.

      Segundo ele, esse fenômeno revela a “confiança que a população tem na Justiça“.

      É mais uma deturpação da realidade.

      O Brasil tem alto grau de judicialização porque não há segurança jurídica.

      Em uma disputa qualquer, todos os lados entram na Justiça porque todos podem ganhar a pendenga.

      Como no Brasil o juiz pode decidir o que dá na própria cabeça, sem qualquer respeito às leis ou à jurisprudência, as pessoas entendem que sempre vale levar a questão para o Judiciário.

      O excesso de judicialização é um sintoma da falta de confiança nas nossas instituições, e não o contrário.

      3. O tribunal mais produtivo do mundo

      Barroso aciona um dos seus argumentos preferidos, o de que o STF é “o tribunal mais produtivo do mundo, tendo proferido mais de 114 mil decisões apenas em 2024“.

      Mas não é o volume de decisões que faz um tribunal melhor ou pior que o outro.

      Essa ânsia de Barroso por ganhar uma medalha de ouro em uma competição planetária para ver qual Corte mais produz sentenças só pode virar chacota…

      fonte o antagonista


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