As lendas que fazem parte do imaginário da floresta amazônica, como o Boto-cor-de-rosa, a Matinta Perera e o Curupira, ganharam espaço em um novo documentário produzido em Rondônia. Chamado de "O Mítico na Amazônia", o curta busca valorizar essas histórias antigas e mostrar como elas fazem parte da cultura e da identidade do povo da região.
Segundo a professora e pesquisadora Monique Pereira, criadora do projeto, a ideia é mostrar que essas histórias não são apenas contos de folclore ou "coisas do passado". Elas ajudam a manter viva a memória das comunidades e também fazem as pessoas se sentirem parte do lugar onde vivem.
"A principal mensagem do projeto é valorizar, preservar e difundir os mitos e saberes tradicionais da região amazônica, resgatando a oralidade como forma de resistência cultural", informou Monique.
A produção do documentário foi feita por uma equipe de cerca de cinco pessoas e levou aproximadamente um ano e meio para ser concluída. O trabalho envolveu várias etapas, como pesquisa de campo, criação do roteiro, filmagens e a edição final.
"O curta foi produzido a partir de um roteiro autoral inspirado em mitos da floresta, com locações em áreas naturais e urbanas de https://g1.globo.com/ro/rondon...">Porto Velho
O documentário "Mítico na Amazônia" será exibido pela primeira vez nesta quarta-feira (16), às 19h, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Porto Velho. A entrada é gratuita e aberta ao público.
A lenda do boto é um dos mitos mais conhecidos da região amazônica e faz parte do folclore brasileiro. Segundo a tradição, o boto-cor-de-rosa se transforma em um homem elegante e, vestido de branco e usando um chapéu (para esconder o furo no topo da cabeça, marca de sua forma animal), ele encanta as mulheres, dança com elas e as seduz. Diz a lenda que, depois do amanhecer, ele retorna às águas do rio, voltando à forma de boto. Muitas vezes, essa história era usada para explicar gestações inesperadas, dizendo que o pai do bebê era "o boto".
A lenda descreve Matinta como uma mulher idosa que, durante a noite, se transforma em um pássaro de canto estridente e agourento. Esse canto perturbador ecoa pelas casas, assustando os moradores, que, para cessar o assovio, prometem oferecer presentes como tabaco, café, cachaça ou peixe. No dia seguinte, Matinta retorna à casa para cobrar o prometido; caso não receba a oferta, acredita-se que uma desgraça recairá sobre o lar.
Ele é representado como um menino de cabelos vermelhos e com os pés voltados para trás — característica marcante que serve para confundir os caçadores e invasores, deixando pegadas em sentido contrário ao que realmente está indo. O Curupira protege os animais e as matas, punindo com truques, assovios e ilusões aqueles que caçam por ganância, derrubam árvores sem necessidade ou desrespeitam a natureza. A lenda serve como uma forma de valorização e proteção da floresta.
fonte g1ro
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