Prefeito de Cocal afirmou que vai recorrer
A Justiça do Piauí determinou a suspensão do show do DJ Alok e de outras três atrações no festejos de Cocal, no Piauí, sob a justificativa de que a cidade declarou estado de emergência e calamidade financeira sete meses antes do evento.
A decisão atende a um pedido do Ministério Público do Piauí (MPPI), que estimou que os gastos públicos referentes ao festival podem ultrapassar R$ 3 milhões, em um momento de vulnerabilidade financeira.
As apresentações estavam marcadas para acontecer entre os dias 11 e 14 de agosto. Apesar da decisão judicial, o prefeito de Cocal, Cristiano Britto (Republicanos-PI), disse ao portal G1 que recorreu e que o evento está mantido. Ele argumenta que o pagamento dos artistas é feito mediante recursos de emendas destinadas e recursos estaduais.
O juiz Anderson Brito da Mata, da Vara Única de Comarca de Cocal, apontou que o município declarou calamidade financeira em 9 de janeiro de 2025, alegando risco de comprometer prestação de serviços essenciais à população.
Em agosto de 2025, contudo, o secretário de Finanças de Cocal afirmou que não havia risco de que os festejos prejudicassem os serviços fundamentais da cidade.
O magistrado avaliou que “não parece crível concluir que, em menos de 5 meses, o município saiu da penúria financeira descrita por seu secretário de Finanças em março para uma situação de conforto econômico relatada pelo mesmo secretário em agosto”.
Determinou, assim, a proibição dos shows e de assinar contrato com qualquer outro artista ou banda para o evento sob risco de multa de R$ 3 milhões. Também ordenou a retirada de outdoors com propagandas pessoais do prefeito e sua esposa, sob multa diária de R$ 50 mil.
Além de Alok, o festival também conta com shows dos cantores Natanzinho Lima, Hungria Hip Hop e da banda Anjos de Resgate.
(pleno.news)