A guerra civil do Brasil



 

A mídia faz o maior barulho quando uma bomba ou míssil russo atinge uma área urbana e mata três ou cinco civis na Ucrânia. O fato vira manchete no mundo inteiro. Ou quando mata um repórter estrangeiro bisbilhotando uma área periculosa, em outro pais, sem autorização para isso, como ocorreu ano passado na Amazônia.

Essa mesma mídia está fazendo o maior escândalo com os famélicos ianomamis ‘importados’ da Venezuela para o Brasil, para servirem à causa de um lado da política brasileira para atacar o outro lado.

Continua após a publicidade.

É esta mesma mídia, com zero indignação, que glamouriza os crimes e os bandidos de todos os dias, para obter audiência nos milhares de programas policiais espalhados no país, imitando o Datena e outros ícones do crime na televisão.

Para esta mídia hipócrita, as 40 mil mortes violentas e homicidas que acontecem anualmente no país, que agora, pelo ritmo que se ver, voltará aos 60 mil do passado, não merece a mínima indignação, nem a menor compaixão, pelas vítimas decorrentes desta barbárie.

Os governos, as instâncias do judiciário, o parlamento e o independente Ministério Público, tão surdos, cegos, lenientes e, às vezes, tão coniventes com criminosos de alto coturno, deveriam pelo menos, usar a expertise e a tecnologia criada para montar boletins diários de quantas pessoas morrem e se contaminam com o coronavírus, para mostrar a quantidade absurda de mortes da guerra civil brasileira e as decorrentes de doenças evitáveis e tratáveis.

Continua após a publicidade.

Os mortos a tiros e facadas, os executados com pena de morte condenados pelo Tribunal do Crime, mais célere e eficiente que a justiça dos senhores Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin, muito ocupados, correndo atrás de quem duvida das urnas eletrônicas, do resultado das eleições de 2022, de quem diz que o presidente da República é o que é, ou de quem não gosta deles ou de quem eles não gostam. E, agora, mais ocupados ainda em vigiar o que cada brasileiro pensa e fala.

Estes supremos senhores não conseguem enxergar a verdadeira tragédia brasileira produzino viúvas, filhos órfãos e pais sem o arrimo da família. Um boletim pelo menos nos mostrará, todo dia, o tamanho da nossa verdadeira tragédia.  

Um boletim diário mostrando as mortes decorrentes de câncer, dengue, doenças da falta de água tratada e de esgotamento sanitário, de acidente e ilícitos do trânsito, prestará um grande serviço de conscientização à sociedade e até às autoridades, na formulação de políticas públicas de combate ao que, de fato, interessa ao povo brasileiro: ambiente pacífico e saúde neste país de belezas tropicais.

Continua após a publicidade.

É do que trata o ‘Sem Papas na Língua’ de hoje. Veja o vídeo a seguir e faça o seu próprio juízo. 

Fonte: noticiastudoaqui.com



Noticias da Semana

Veja +