Redação, Candeias do Jamari (RO), 13 de outubro de 2025 – Uma idosa de 82 anos morreu após ser atingida por um automóvel desgovernado no balneário Paraíso das Cachoeiras, localizado na linha 1, na zona rural de Candeias do Jamari. O caso ocorreu no domingo (12) e mobilizou equipes policiais e de saúde da região.
O que ocorreu
Segundo apurado, o veículo envolvido era um Ford Fiesta que, após o impacto, caiu parcialmente dentro do rio. Testemunhas relataram que a vítima, identificada como Amazonina Alves Pinto, encontrava-se sentada em uma cadeira próxima a uma descida de acesso ao rio quando o carro desceu de forma descontrolada pela ladeira de areia e colidiu com ela.
Banhistas que estavam nas proximidades prestaram socorro imediatamente e levaram a idosa até a Unidade de Saúde Santa Isabel. No entanto, segundo relatório médico, Amazonina chegou já em parada cardiorrespiratória, com corte profundo na face e couro cabeludo, fraturas expostas no antebraço e no fêmur direito, além de laceração no ouvido esquerdo. As tentativas de reanimação foram feitas, mas o óbito foi confirmado às 16h14.
O condutor e a versão apresentada
O motorista do veículo foi identificado como Tiago I.R. Segundo ele, o carro estava estacionado, travado e com o freio de mão acionado, e que teria começado a se movimentar sozinho, descendo a ladeira até atingir a idosa. Ele afirmou ainda não ter consumido bebida alcoólica, e segundo o boletim, foi submetido ao teste do bafômetro, que indicou 0,00 mg/L, ou seja, sem presença de álcool.
Apesar do resultado negativo no teste, ele foi detido pela Polícia Militar, enquadrado por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — e encaminhado ao Departamento de Flagrantes de Porto Velho. O veículo foi removido do rio e fotografado para subsidiar as investigações no inquérito policial.
Repercussões e investigação
O caso gera comoção na comunidade local, sobretudo por envolver uma senhora idosa em um local de lazer. Fica colocada a necessidade de averiguação rigorosa para apurar responsabilidades, especialmente em relação à manutenção e uso seguro de veículos em áreas rústicas e próximas a encostas ou rios.
Do ponto de vista policial e jurídico, será fundamental:
- análise técnica do veículo (freios, sistema de estacionamento, eventuais falhas mecânicas)
- perícia no local da colisão (trajetória, grau de inclinação do terreno, vestígios)
- testemunhos que possam confirmar ou refutar a versão de “movimento espontâneo” do carro
- eventual ação civil por parte da família da vítima, buscando reparação pelos danos morais e materiais
Contexto e alerta à população
Tragédias desse tipo chamam atenção para vários aspectos:
- Segurança veicular e manutenção preventiva
Mesmo quando estacionado, um automóvel mal travado ou com falhas no sistema de freio pode representar risco — especialmente em terrenos inclinados. - Cuidados em áreas rurais e de lazer
Locais com descidas de areia, encostas ou acesso ao leito de rios exigem atenção redobrada para evitar que veículos escapem de controle. - Responsabilidade civil e criminal
Embora o motorista negue ter ingerido bebida alcoólica e o teste comprovar essa versão, o enquadramento como homicídio culposo mostra que, no Brasil, a negligência ou imprudência basta para que haja responsabilização criminal sem intenção direta de matar. - Proteção de pessoas vulneráveis
Idosos representam um grupo de maior risco diante de colisões, dada sua fragilidade física — o que eleva a gravidade dos danos em casos de atropelamento.
Fonte: noticiastudoaqui.com