A Prefeitura de Porto Velho implementou uma solução criativa e eficiente para reduzir os alagamentos no bairro Lagoinha, na zona Leste da cidade. Segundo a administração municipal, a instalação de uma ecobarreira nos canais pluviais da região vem oferecendo resultados promissores, especialmente após as fortes chuvas do último domingo (23).
O bairro Lagoinha é cortado por diversos canais que, historicamente, sofreram com entupimentos de lixo e sedimentos, gerando inundações frequentes durante os períodos de chuva. A falta de manutenção e a persistência de resíduos jogados nesses cursos d’água foram apontadas como fatores críticos para os alagamentos.
A ecobarreira instalada pela prefeitura foi construída com materiais reaproveitados e doados por empresas privadas. Essa estrutura flutuante, sustentada por cabos de aço e boias, tem a função de reter resíduos sólidos antes que eles avancem pelos canais e causem bloqueios mais graves.
De acordo com o secretário executivo de Serviços Básicos, Giovanni Marini, a ecobarreira combina criatividade, eficiência e baixo custo, sendo parte de uma estratégia ampliada de saneamento urbano.
Moradores celebraram os primeiros resultados. A comerciante Antônia Lúcia de Oliveira, que tem uma mercearia na rua Itapajé, relata que, mesmo com as chuvas intensas, as ruas laterais ao canal não alagaram desta vez — algo que não acontecia há muitos anos. Para ela, o “teste de fogo” da estrutura veio no momento certo e trouxe alívio para a comunidade.
Além da ecobarreira, a Prefeitura de Porto Velho está investindo em outros mecanismos para reforçar o sistema de drenagem. Entre as intervenções, está a substituição de um tubo armco com 2,5 m de diâmetro e a instalação de 14 manilhas de 1 metro, no canal da rua Itapajé, para garantir o escoamento efetivo das águas pluviais.
Essas medidas fazem parte de um plano mais amplo para preparar a cidade para o período chuvoso. A Operação Cidade Limpa inclui mutirões de limpeza, desobstrução de bocas de lobo, varrição, capina, e a mobilização da população para evitar descartes irregulares de lixo que comprometem a drenagem.
O secretário Marini destacou que, para além das ações de infraestrutura, há uma aposta na educação ambiental, para sensibilizar a população sobre a importância de manter os canais limpos e evitar novos entupimentos por resíduos.
Com a ecobarreira funcionando como piloto na microbacia do Tancredo Neves (que deságua no Rio Madeira), a Prefeitura sinaliza que pretende replicar essa estrutura em outros pontos da cidade, caso os resultados continuem positivos.
Para os moradores do Lagoinha, a iniciativa representa mais do que uma intervenção física: é uma promessa de qualidade de vida, menos riscos de alagamentos e recuperação de um direito básico — o direito a viver em uma comunidade com infraestrutura que efetivamente responde aos desafios da chuva.
Fonte: noticiastudoaqui.com
