Redação, Porto Velho RO, 18 de setembro de 2025 - O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) apresentou denúncia formal contra 12 pessoas acusadas de participação em uma série de ataques violentos coordenados por uma facção criminosa em diversas cidades do estado. Do total denunciado, seis já têm prisão preventiva decretada pela Justiça.
Contexto dos ataques
Os atentados ocorreram em janeiro de 2025, mobilizando ações como incêndios, explosões e depredações contra ônibus, veículos da polícia e bens públicos incorporados à retaliação de facção, em resposta à intensificação da atuação policial.
De acordo com o MP-RO, um “salve geral” — espécie de convocação coletiva — foi emitido por lideranças da facção, cuja difusão se deu por meio de chats privados e grupos em aplicativos de mensagens, incitando os ataques.
Impactos na capital e outras cidades
Somente em Porto Velho, foram registrados cerca de mais de 10 mortes, dezenas de feridos e a destruição de aproximadamente 18 ônibus, além de outros coletivos públicos e viaturas policiais. Somado a isso, houve o fechamento temporário de pontos comerciais e prejuízos estimados em R$ 5 milhões aos cofres municipais.
Ações judiciais e investigação
A denúncia foi elaborada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em conjunto com o Núcleo de Enfrentamento aos Crimes Cometidos por Facções Criminosas (NUFAC), com apoio da Força-Tarefa Integrada de Combate ao Crime Organizado (FTICCO-RO).
Em decisão da 4ª Vara Criminal de Porto Velho, seis dos 12 denunciados tiveram prisão preventiva decretada, e todos responderão por integração em organização criminosa e incitação ao crime.
Significado e próximos passos
O episódio representa um marco na escalada de violência articulada por facções em Rondônia, evidenciando a capacidade de mobilização das organizações criminosas para desafiar o Estado. A atitude de lideranças — transmitindo ordens por canais digitais — demonstra o uso estratégico das tecnologias para organizar ataques coletivos.
Com a denúncia aceita pela Justiça, o MP agora busca responsabilizar os envolvidos e prevenir novas investidas desse tipo. A continuidade das investigações pode resultar em prisões adicionais e esclarecimento da cadeia hierárquica do grupo.
Fonte: noticiastudoaqui.com