
A Venezuela denunciou recentemente, perante o Conselho de Segurança da ONU, que os Estados Unidos planejam realizar um ataque contra o país sul-americano a "curto prazo".As declarações ocorrem no contexto do destacamento militar de Washington no mar do Caribe para combater o narcotráfico e das tentativas dos Estados Unidos de culpar o governo de Nicolás Maduro.Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e importante parceira da Venezuela, a Rússia não permanece indiferente e reitera sua forte solidariedade às preocupações de Caracas.
O embaixador russo nas Nações Unidas denunciou a pressão sem precedentes sobre a Venezuela e alertou que a situação "piora a cada dia". O envio de tropas americanas assemelha-se mais a uma "preparação para uma invasão", alertou.Nebenzya insistiu que Washington deve parar de agravar a situação sob pretextos fictícios, instando-o a não cometer um "erro irreparável".Os Estados Unidos, ao aumentarem constantemente as tensões e "alimentarem artificialmente uma atmosfera de confronto", estão bloqueando a possibilidade de negociações e ignorando os apelos da Venezuela para o combate conjunto ao narcotráfico, afirmou.
Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia
Para Ryabkov, as ações agressivas da Casa Branca visam "pressionar a Venezuela sob um pretexto". O representante russo reafirmou que Moscou presta o total apoio e solidariedade às autoridades venezuelanas na defesa da soberania nacional.
Aliança de longo prazo
Em maio, os presidentes de Rússia e Venezuela assinaram o Tratado de Parceria e Cooperação Estratégica de dez anos, que inclui a interação entre os dois países nas áreas política, econômica, técnico-científica e humanitária.