O QUE RO PERDE - Veja no que o tarifaço dos EUA afeta exportações rondonienses e quais cidades e produtos mais impactados

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Porto Velho, 3 de agosto de 2025 – Rondônia enfrenta potencial impacto econômico diante da expectativa de aplicação de uma tarifa adicional de 50% sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos, decretada no fim de julho de 2025.

Panorama das exportações para os EUA

  • As exportações de Rondônia para os Estados Unidos somaram US$ 122,7 milhões em 2024, o que representa aproximadamente 4,7% a 5% do total exportado pelo estado .
  • Os principais destinos seguem sendo China, Europa (Espanha), Argélia e México.

Cidades de Rondônia com maior volume exportado aos EUA

Mesmo correspondendo a uma fração reduzida do total, apenas dez municípios rondonienses exportam parcela significativa para os EUA, sendo os mais afetados:

Município
Exportações para os EUA (US$)
Vilhena
49 mi
Chupinguaia
18 mi
Cacoal
18 mi
Porto Velho
9 mi
Ariquemes
7 mi
Cerejeiras
6 mi
Campo Novo
6 mi
Rolim de Moura
3 mi
São Miguel do Guaporé
3 mi
Buritis
2 mi

Produtos diretamente afetados

Os itens que entrarão na tarifa extra de 50% incluem:

  • Carne bovina desossada e congelada (US$ 43,9 mi exportados em 2024)
  • Soja
  • Carne bovina fresca ou refrigerada
  • Café não torrado, não descafeinado
    Produtos como minérios, celulose, fertilizantes, papel e aeronaves estão entre os 694 itens isentos, correspondendo a 43,4% do valor exportado aos EUA.

Consequências e resiliência da economia rondoniense

  • A tarifa começa a valer a partir de 6 de agosto de 2025, podendo gerar prejuízos estimados em cerca de R$ 152 milhões, o que reduziria o PIB estadual em até 0,20%.
  • Apesar disso, menos de 5% das exportações de Rondônia têm como destino os EUA, o que coloca o estado em posição mais favorável comparado a outras regiões mais dependentes desse mercado.
  • O secretário da Sefin, Luís Fernando Pereira, destacou que a dependência reduzida dos EUA e a diversificação de parceiros comerciais (“China, Espanha, Argélia, México, entre outros”) tornam Rondônia mais resiliente ao tarifaço.
  • A Associação dos Pecuaristas de Rondônia (APRON) alerta para os riscos à cadeia produtiva da carne bovina, destacando desafios logísticos, sanitários e impacto sobre empregos.

Estratégias de mitigação e oportunidades

  • O governo estadual já busca canais alternativos de mercado, como Chile, Colômbia e Peru, especialmente para produtos como peixe (tambaqui) e carne bovina.
  • Além disso, Rondônia tem ampliado sua presença global nos últimos anos: em 2024 exportou US$ 2,6 bilhões, com crescimento de 103% de 2019 a 2024, atendendo a 116 países com 295 produtos diferentes.
  • O estado investe em missões comerciais, workshops e caravanas para fortalecer a cultura exportadora e capacitar produtores no agronegócio (soja, carne, café, cacau, tambaqui).

Em síntese

  • A partir de 6 de agosto de 2025, a tarifa de 50% sobre exportações brasileiras aos EUA deverá impactar diretamente produtos chaves de Rondônia, especialmente carnes, soja e café.
  • O estado, porém, está em posição menos vulnerável que outras unidades federativas, e vem promovendo medidas para diversificar seus mercados e fortalecer cadeias produtivas locais.
  • Municípios como Vilhena, Cacoal e Chupinguaia concentram o maior volume de exportações para os EUA e estão mais expostos ao impacto.
  • O momento exige ação articulada entre governo, produtores e entidades, com foco em adaptação e inteligência comercial para preservar a força da economia rondoniense.

Fonte: noticiastudoaqui.com


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