Redação, Ji-Paraná (RO), 10 de outubro de 2025 — Um caso marcado pela emoção e pelo desespero chamou atenção em Rondônia nesta semana, quando uma mulher invadiu o necrotério do hospital local e tentou reanimar o próprio pai, que já havia sido oficialmente declarado como falecido. A cena, dramática e de grande comoção, gerou repercussão nos meios de notícia e nas redes sociais.
O episódio e o descontrole emocional
Segundo relatos veiculados na imprensa local, a mulher, visivelmente abalada, entrou na sala onde o corpo estava sendo preparado e fez gestos de reanimação, afirmando que seu pai ainda poderia estar vivo. Ela teria gritado que ele não podia estar “de pés paralelos”, exigindo que os profissionais presentes interviessem.
Testemunhas relataram que agentes do necrotério precisaram intervir para contê-la, enquanto funcionários do hospital tentavam retomar os procedimentos com o corpo já sob responsabilidade institucional.
Não há confirmação pública de que o homem tenha apresentado sinais vitais após a intervenção da filha. As reportagens apontam que o episódio ocorreu em Ji-Paraná, Rondônia.
Reações e responsabilidades institucionais
O fato provocou reação entre profissionais de saúde e autoridades municipais. O hospital deve abrir investigação interna para apurar se houve falha no protocolo de comunicação com a família sobre o momento da confirmação do óbito — um ponto central em casos sensíveis como esse.
Além disso, o episódio reacende debate sobre acolhimento psicológico e humanização na comunicação de óbitos. A experiência traumática de familiares ao receber a notícia da morte pode desencadear reações de choque, negação e comportamento impulsivo, como demonstrado na situação.
Especialistas em bioética e psicologia reforçam que, em hospitais, a estratégia de comunicação de notícias ruins exige sensibilidade, preparo para acolher a dor do familiar e acompanhamento pós-notificação para evitar crises emocionais intensas.
Aspectos legais e sanitários
Do ponto de vista legal e sanitário, a invasão ao necrotério configura situação irregular, uma vez que o acesso à área de manipulação de cadáveres é restrito e regulamentado para garantir segurança, higiene e respeito às normas de saúde pública.
Mesmo considerando o estado emocional da mulher, haverá necessidade de apuração sobre responsabilidades — por parte da instituição de saúde, quanto ao controle de acesso, e por parte da familiar, quanto ao respeito aos protocolos médicos e legais.
Se for constatada negligência ou falha na comunicação ou no manejo institucional, pode haver consequências administrativas para o hospital ou seus gestores.
Reflexos e discussão social
A dramaticidade do episódio provocou reações emocionais entre moradores, redes sociais e veículos de imprensa, reacendendo reflexões sobre:
- A comunicação de notícias de óbito e a preparação psicológica dos familiares
- Protocolos de segurança em necrotérios e restrições de acesso
- A assistência humanizada a familiares em momentos de crise
Para os profissionais de saúde, o ocorrido também serve de alerta sobre a necessidade de treinamentos contínuos de acolhimento emocional e procedimentos claros de segurança em unidades hospitalares.
Fonte: noticiastudoaqui.com