Por Redação, 09/06/2025 - O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi interrogado nesta segunda-feira (9/6) na ação penal que apura a suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022. Ele foi o segundo réu a prestar depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão conduzida pelos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux, e acompanhada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O interrogatório durou cerca de duas horas e ocorreu um dia após o depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso. A sessão será retomada na terça-feira (10/6), com o interrogatório do almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha.
Ramagem é um dos oito réus no processo 2.668, que investiga a articulação de autoridades civis e militares para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), derrotando os resultados democráticos das urnas.
Durante seu depoimento, Ramagem criticou duramente a condução da investigação pela Polícia Federal. Segundo ele, a PF teria “induzido ao erro” tanto a Procuradoria-Geral da República quanto o próprio STF. “A investigação distorceu fatos e criou falsas narrativas”, afirmou o parlamentar.
Ele também alegou que os documentos que tratavam de supostas fraudes nas urnas eletrônicas eram apenas “anotações pessoais” e negou qualquer tentativa de validar ou impulsionar essas alegações durante sua gestão na Abin. “Nunca utilizei a estrutura da Abin para apurar ou endossar denúncias de fraude eleitoral”, disse.
Ramagem também negou envolvimento em ações de espionagem de autoridades públicas. Questionado diretamente pelo ministro Alexandre de Moraes e, depois, por Luiz Fux, garantiu que nenhum monitoramento de ministros do STF ou de outras figuras institucionais ocorreu sob sua chefia. Fux chegou a perguntar se havia “arapongas autônomos” atuando dentro da agência, ao que Ramagem respondeu negativamente.
O procurador-geral Paulo Gonet também dirigiu perguntas ao ex-diretor da Abin. Ramagem respondeu com tom técnico e tentou se desvincular de qualquer ação direta na suposta trama golpista. Apenas o advogado de Ramagem apresentou perguntas ao cliente; os demais defensores optaram por não se manifestar.
A oitiva transcorreu em clima de tensão moderada, com o réu buscando reforçar sua imagem institucional e criticar a forma como o inquérito foi conduzido. Ao fim da sessão, foi encerrada a segunda etapa dos interrogatórios da semana, que promete ser decisiva para o andamento do processo.
Os interrogatórios seguem na terça-feira (10/6) com a oitiva de Almir Garnier, seguida por Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto, em cronograma a ser confirmado conforme os desdobramentos das audiências.
As sessões fazem parte da ação penal que pode determinar o futuro político e jurídico dos principais nomes do antigo governo Bolsonaro e de integrantes das Forças Armadas envolvidos na acusação.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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