Perseguição gera mais de 3 mil cristãos desaparecidos



Há mais de 3 mil cristãos desaparecidos no mundo por causa de sua fé Foto: Pixabay

 

Ser sequestrado ou “desaparecer do nada” é uma realidade tão presente e desafiadora que a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu uma data para destacar esse problema: o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, nesta terça-feira (30). Em apenas um ano, 3.829 cristãos foram sequestrados ou desapareceram em contexto de perseguição, de acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição 2022.

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No mundo todo, cristãos simplesmente “somem” por causa da fé em Jesus. Esposas e filhos ficam desamparados e famílias angustiadas esperam a volta dos entes queridos. Os principais responsáveis pelos desaparecimentos forçados são o Estado e os grupos extremistas que atacam repetidamente e escondem o paradeiro das vítimas.

SUMIÇO REPENTINO

O pastor Raymond Koh, por exemplo, desapareceu em fevereiro de 2017 na Malásia. Tudo que Susanna, a esposa dele, sabe é que Koh foi raptado por 15 homens mascarados envolvidos com o governo. Ela ainda mantém a esperança de reencontrar o marido, apesar da falta de novidades no caso. Além do pastor Koh, outros cristãos malaios desapareceram da mesma forma. Isso mobilizou a população a pressionar o governo com marchas e cartazes solicitando uma resposta sobre o paradeiro das vítimas.

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Na Síria, a cristã Jina não sabe onde está o marido, Rober. Ele foi abordado por extremistas a caminho do trabalho, em março de 2013. Quando se recusou a abandonar Jesus, ele foi sequestrado. Um colega que estava com Rober contou essa história para Jina e é tudo que ela sabe.

Por causa dos muitos anos sem notícias, Jina foi considerada viúva e precisa cuidar sozinha do filho, Apo, que tinha apenas 1 ano quando tudo aconteceu. Jina e Apo são beneficiários de projetos do Centro de Esperança na Síria e, apesar da falta de Rober, conseguiram o apoio e a orientação de que precisavam.

VIOLÊNCIA

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Os ataques de extremistas na Nigéria também causam o desaparecimento de cristãos. O exemplo mais conhecido são as meninas de Chibok. Em abril de 2014, 275 meninas foram raptadas pelo Boko Haram. Oito anos depois, ainda não se sabe o paradeiro nem o estado de 111 delas. Algumas meninas foram libertadas, outras foram resgatadas em 2018, mas a dúvida sobre a situação das meninas persiste.

Em Bangladesh, a família do cristão Jashim também ficou desaparecida por quase duas semanas quando parentes muçulmanos atacaram a casa deles. A recuperação de Jashim após as agressões físicas foi muito difícil sem notícias sobre a esposa e os filhos. Parceiros locais da Portas Abertas se mobilizaram e conseguiram encontrar e resgatar a família, que, apesar da perseguição, continua confiando em Jesus.

(pleno.news)



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