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6º MAIOR COM ONDAS GIGANTES - Milhões voltam para casa após fim de alertas de tsunami no Pacífico

Terremoto de magnitude 8,8 na Rússia foi considerado o sexto maior já registrado e causou temor de ondas gigantes

    Os alertas de tsunami emitidos após terremoto de grande magnitude na Rússia foram suspensos na quarta-feira na costa do Pacífico e nesta quinta (31) no Japão, o que permitiu que milhões de pessoas retornassem para suas casas.

    O terremoto, de magnitude 8,8, ocorreu a uma profundidade de 20,7 km, a 126 km da costa de Petropavlovsk-Kamtchatskiy, capital da região administrativa russa de Kamtchatka, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Houve ao menos seis tremores secundários, um deles de magnitude 6,0.

    Mais de dez países, entre eles Estados Unidos, Japão, Equador, México e Colômbia, alertaram seus habitantes para que se mantivessem afastados das áreas costeiras.

    No arquipélago de Galápagos, no Equador, a mil quilômetros do continente sul-americano, os parques nacionais foram fechados e praias, docas e áreas baixas foram esvaziadas.

    Moradores relataram que o nível do mar baixou e depois subiu repentinamente, um fenômeno comum antes da chegada de um tsunami. Mas apenas uma elevação de pouco mais de um metro foi registrada, que não causou danos.

    "Estamos todos tranquilos, de volta ao trabalho. Os restaurantes reabriram, assim como os espaços turísticos", disse Isabel Grijalva, 38, moradora da ilha de Santa Cruz.

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    O Chile, por sua vez, ordenou a retirada de aproximadamente 7.000 habitantes da Ilha de Páscoa, localizada a cerca de 3.500 km do continente. Autoridades chilenas também determinaram a remoção de 1,4 milhão de pessoas das zonas costeiras, "talvez a retirada mais maciça" já realizada no país, indicou o Ministério do Interior.

    Autoridades de Guatemala, Costa Rica, El Salvador e Panamá pediram que a população evitasse atividades aquáticas na costa do Pacífico.

    No Peru, que havia fechado 65 de seus 121 portos no Pacífico, as autoridades cancelaram na noite de quarta-feira o alerta de tsunami, informou o Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci).

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    O serviço meteorológico do Japão (JMA) anunciou a mesma medida nesta quinta-feira. "No momento, não há nenhuma área costeira para a qual alertas ou avisos de tsunami estejam em vigor", indicou a JMA em seu site oficial.

    ONDAS NA RÚSSIA

    Na Rússia, um tsunami inundou o porto de Severo-Kurilsk, nas ilhas Curilas, a cerca de 350 km do epicentro do terremoto, submergindo uma unidade de produção pesqueira.

    Ondas de quatro metros avançaram por 400 metros terra adentro e atingiram um memorial da Segunda Guerra Mundial, disse Alexander Ovsiannikov, prefeito do distrito das Ilhas Curilas do Norte. Cerca de 2.000 pessoas foram retiradas.

    "Por sorte, havíamos deixado uma mala com água e roupas perto da porta. Rapidamente a pegamos e corremos. Foi assustador", descreveu uma moradora de Kamtchatka ao veículo estatal Zvedza.

    O tremor inicial causou danos limitados e deixou feridos sem gravidade, apesar de ter sido o mais forte desde o que atingiu em 2011 a costa do Japão, de magnitude 9,1, que gerou um tsunami responsável pela morte de mais de 15.000 pessoas.

    O Japão emitiu inicialmente um alerta de retirada para quase 2 milhões de pessoas, levantado na noite desta quarta-feira. Os funcionários da usina nuclear de Fukushima, devastada pelo tsunami de 2011, foram retirados por precaução, informou a operadora.

    O Centro americano de Alerta de Tsunamis do Pacífico advertiu para ondas de um a três metros nos litorais de Chile, Costa Rica, Polinésia Francesa, Guam, Japão e outras ilhas do Pacífico. Horas depois, suspendeu o alerta de retirada para o Havaí, onde um congestionamento foi registrado perto da praia de Waikiki, devido à fuga da população para áreas mais elevadas.

    A península de Kamtchatka, pouco povoada, é o ponto de colisão das placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte, o que a torna uma das zonas sísmicas de maior atividade no mundo. Cientistas russos relataram que o vulcão Klyuchevskoy entrou em erupção logo após o terremoto.

    O tremor inicial, o mais forte na região de Kamtchatka desde 1952, foi seguido por seis abalos secundários. Segundo o USGS, este foi um dos dez terremotos mais fortes registrados desde 1900. O Serviço apontou uma probabilidade de 59% de ocorrer uma réplica de magnitude superior a 7,0 ao longo da próxima semana.

    (folha.uol)



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