Trump acusa JBS e outros frigoríficos de formação de cartel e pede investigação



Trump acusa frigoríficos de manipular os preços da carne e prejudicar consumidores. Empresa brasileira é mencionada em comunicado

O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos iniciou, nesta sexta-feira (7/11), investigação sobre a atuação das maiores empresas de processamento de carne que atuam no país. O frigorífico brasileiro JBS está entre as quatro multinacionais citadas no comunicado divulgado pela Casa Branca.

Além disso, o próprio presidente Donald Trump usou as redes sociais para se posicionar a respeito do caso. Segundo ele, os frigoríficos estariam elevando artificialmente os preços da carne bovina “por meio de conluio ilícito, fixação de preços e manipulação de preços”.

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O comunicado oficial da Casa Branca cita que a ação é parte de um esforço para “reprimir cartéis estrangeiros” e “restaurar a concorrência justa” no setor.

O documento menciona a multinacional brasileira JBS, além de Cargill, Tyson Foods e National Beef, que, juntas, segundo o governo norte-americano, dominam cerca de 85% do mercado de processamento de carne bovina dos Estados Unidos, um salto em relação aos 36% de participação em 1980.

O comunicado destaca que a JBS é uma empresa de propriedade estrangeira e é a “maior processadora de carne do mundo”.

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“Ao examinar se essas empresas violaram as leis antitruste por meio de preços coordenados ou restrições de capacidade, esta investigação irá erradicar qualquer conluio ilegal, restaurar a concorrência justa e proteger nossa segurança alimentar”, diz trecho da publicação do DOJ.

Trump disse ainda que, enquanto o preço do gado tem caído “substancialmente”, o da carne embalada continua a subir. “Sabe-se que há algo de suspeito. Vamos descobrir a verdade muito rapidamente. Se houver crime, os responsáveis pagarão um preço alto”, declarou.

O Metrópoles entrou em contato com a assessoria de imprensa da JBS e aguarda retorno. Em caso de resposta, a reportagem será atualizada.

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Alta no preço da carne

A nova ofensiva de Trump ocorre em meio a uma relação tensa com os produtores de gado dos EUA. O presidente foi duramente criticado após sugerir que o país poderia importar mais carne da Argentina como forma de reduzir os preços ao consumidor, uma medida vista como ameaça pelos pecuaristas, que lucram com a escassez de oferta e a forte demanda interna.

Nos últimos meses, o preço da carne bovina atingiu níveis recordes nos EUA. A seca prolongada reduziu os rebanhos e aumentou os custos de alimentação, levando o estoque de gado ao nível mais baixo em quase 75 anos. A situação se agravou após o país suspender a maioria das importações de gado do México, por causa do risco de disseminação da praga conhecida como bicheira-do-Novo-Mundo.

(Metropoles)




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