Brasília, 23 de abril de 2025 — Um relatório recente da Warren Investimentos, elaborado pelos economistas Felipe Salto, Josué Pellegrini e Gabriel Garrote, projeta que a dívida bruta do governo brasileiro poderá atingir 95% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2033, caso não sejam implementadas medidas fiscais mais rigorosas.
Metas Fiscais e Trajetória da Dívida
De acordo com o relatório, mesmo que o governo alcance as metas fiscais estabelecidas, a dívida continuará a crescer. A projeção indica um aumento da dívida de 74,4% do PIB em 2023 para 95% em 2033. Os economistas destacam que, para estabilizar a dívida, seria necessário um superávit primário superior a 1% do PIB, algo que não está previsto nas metas atuais.
Política Fiscal "Feijão com Arroz"
Os analistas classificam a atual política fiscal como "feijão com arroz", indicando uma abordagem básica que evita medidas estruturais mais profundas. Essa estratégia, segundo eles, adia a implementação de reformas necessárias para o equilíbrio das contas públicas, o que poderá resultar em ajustes mais severos no futuro.
Necessidade de Revisão das Metas
O relatório também aponta para a provável necessidade de revisão da meta de déficit primário zero para 2025. A Warren Investimentos projeta um déficit de R$ 104,3 bilhões para o próximo ano, equivalente a 0,83% do PIB, o que contrasta com a meta oficial de déficit zero. Para cumprir a meta, seriam necessários cortes adicionais de R$ 46,6 bilhões, o que é considerado politicamente desafiador.
Impacto de Propostas Legislativas
Além das projeções fiscais, o relatório destaca que propostas legislativas, como a do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para renegociação da dívida dos estados, podem agravar ainda mais a situação fiscal. Essa proposta poderia adicionar até 2,4 pontos percentuais do PIB à dívida bruta do governo, o que representa um impacto de quase R$ 462,2 bilhões até 2033.
Conclusão
O cenário traçado pela Warren Investimentos serve como um alerta para a necessidade urgente de reformas fiscais estruturais no Brasil. Sem ações concretas para conter o crescimento da dívida, o país poderá enfrentar desafios econômicos significativos na próxima década
Fonte: noticiastudoaqui.com
