
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, segurou, por quase um ano, o julgamento de recursos apresentados por entidades acusadas de realizar descontos indevidos em aposentadorias do INSS.
A demora beneficiou associações envolvidas no esquema investigado pela Polícia Federal, que teria causado prejuízo de R$ 6,3 bilhões.
Os recursos foram retirados da pauta cinco vezes por decisão de Cedraz. Após operação da PF, o governo Lula suspendeu os acordos com essas entidades nesta terça-feira (29).
A medida foi oficializada no Diário Oficial da União, suspendendo todos os acordos que envolvam descontos diretos de mensalidades de associações em aposentadorias e pensões.
A suspensão vale “até ulterior reavaliação de sua regularidade e conformidade com as normas vigentes”.
A decisão foi assinada pela presidente interina do INSS, Débora Aparecida Floriano, que assumiu o cargo de Alessandro Stefanutto, afastado a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A operação da PF revelou um esquema de descontos, não autorizados, em folhas de pagamento de beneficiários, resultando no afastamento e demissão do chefe do INSS.
A investigação apontou que organizações cobravam, sem autorização dos pensionistas, uma "mensalidade associativa" que movimentou cerca de R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, participou de audiência na Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados para tratar do caso. Na ocasião, Lupi declarou que o INSS não deveria intermediar a relação entre associações de aposentados e seus beneficiários.
Fonte: noticiastudoaqui.com