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QUADRILHA GIGANTE - Operador investigado na “farra do INSS” é sócio de banco digital voltado a agricultores, revelou Operação

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Brasília — Cícero Marcelino, apontado pela Polícia Federal (PF) como operador da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) no esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é também sócio-administrador do Terra Bank, um banco digital voltado a produtores e empreendedores rurais. A ligação foi revelada após desdobramentos da Operação Sem Desconto, que investiga um suposto esquema bilionário de filiações fraudulentas e descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

O escândalo veio à tona após uma série de reportagens publicadas pelo portal Metrópoles, a partir de dezembro de 2023. As matérias revelaram o crescimento acelerado de arrecadação de 29 entidades que realizavam descontos em benefícios do INSS, totalizando R$ 2 bilhões em apenas um ano. Essas mesmas organizações são alvos de milhares de processos judiciais, com indícios de fraude na filiação de segurados.

A exposição do caso levou à abertura de inquérito pela Polícia Federal e reforçou as investigações conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU). No total, 38 reportagens foram citadas pela PF na representação que deu origem à operação deflagrada no último dia 23 de abril. A investigação culminou nas demissões do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi, após forte pressão política e institucional.

O Terra Bank, instituição financeira associada a Marcelino, teve sua estreia durante a 87ª edição da ExpoZebu, em maio de 2022, em Uberaba (MG). Voltado ao público rural, o banco oferece soluções financeiras específicas para agricultores familiares, setor justamente envolvido nas acusações de irregularidades via a Conafer.

A descoberta levanta questionamentos sobre conflitos de interesse e a estrutura financeira por trás do esquema investigado, especialmente considerando a atuação da Conafer como uma das entidades que mais cresceu em número de filiações nos últimos anos. A PF agora apura se a estrutura do banco digital serviu, de alguma forma, para movimentar recursos ou facilitar operações do grupo investigado.

As apurações seguem em curso, e novas diligências da Operação Sem Desconto devem ocorrer nas próximas semanas. O caso reforça a necessidade de maior fiscalização sobre entidades que operam em nome de segurados do INSS, especialmente no que diz respeito à transparência nas cobranças e à integridade dos processos de filiação.

Fonte: noticiastudoaqui.com

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