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CADÊ O DINHEIRO QUE TAVA AQUI? - Brasil bate recorde de inadimplência com mais de 70 milhões de negativados em abril

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Quarta-feira, 14 de maio de 2025 — Brasília (DF)

O número de brasileiros inadimplentes alcançou um novo recorde em abril de 2025. De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 70,29 milhões de pessoas estão com o nome negativado, o que corresponde a 43,36% da população adulta do país.

A marca representa um aumento de 4,59% em relação a abril de 2024 e de 1,09% na comparação com março deste ano. O levantamento revela um cenário preocupante para o consumo e a economia nacional, especialmente às vésperas de datas comerciais importantes, como o Dia dos Namorados e as férias de julho.

Dificuldade para equilibrar o orçamento

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, o avanço da inadimplência está diretamente ligado ao endividamento das famílias, inflação acumulada e a dificuldade de equilibrar o orçamento mensal.

“O brasileiro tem enfrentado dificuldades para manter as contas em dia diante da alta no custo de vida, dos juros elevados e da instabilidade no mercado de trabalho. Isso impacta diretamente a capacidade de pagamento da população e compromete o consumo das famílias”, explicou Costa.

Perfil dos devedores

O levantamento mostra ainda que a maior parte das dívidas está concentrada no setor bancário (cartões de crédito, empréstimos e financiamentos), seguido pelas contas básicas, como água, luz e telefonia. O grupo mais afetado é o de pessoas com idade entre 30 e 49 anos, que representam quase 35% do total de negativados.

Além disso, um dado que chama atenção é o tempo médio de atraso, que está em torno de 2 anos, indicando que grande parte dos brasileiros permanece inadimplente por longos períodos e tem dificuldade de renegociar ou quitar suas dívidas.

Impactos econômicos

A alta inadimplência compromete não apenas o orçamento doméstico, mas também afeta o crédito no país. Com mais pessoas negativadas, bancos e empresas tendem a restringir o acesso a financiamento e aumentar taxas de juros, dificultando ainda mais a retomada do consumo.

Especialistas alertam que, sem políticas públicas efetivas de educação financeira e renegociação de dívidas, o cenário pode se agravar nos próximos meses.

Ações de recuperação

Diante do quadro, entidades como a CNDL e o SPC têm reforçado campanhas de renegociação, como o Feirão Limpa Nome, além de parcerias com empresas para oferecer condições facilitadas de pagamento e recuperação de crédito.

“É fundamental que o consumidor procure entender sua real situação financeira, evite novas dívidas e aproveite oportunidades para limpar o nome e voltar ao mercado com segurança”, orienta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

O número histórico de inadimplentes acende um alerta para consumidores, lojistas e o governo, evidenciando a necessidade urgente de medidas estruturais para conter o avanço da crise financeira nas famílias brasileiras.

Fonte: noticiastudoaqui.com

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