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CHUCHU COM CAVIAR - A CPI, o Tigrinho e o circo dos bajuladores

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A CPI foi palco de um teatro triste, em que a autoridade pedia autógrafo ao investigado

Era pra ser um momento de seriedade. Discutir o impacto de jogos de aposta disfarçados de diversão — esses “tigrinhos” de fachada moral duvidosa — é urgente e necessário. Anunciar esse tipo de coisa pra milhões de seguidores, muitos deles jovens e vulneráveis, é, sim, imoral. A CPI nasceu certa, com propósito legítimo: investigar, responsabilizar, proteger. Mas o que se viu ali foi o contrário disso — uma sucessão de cenas constrangedoras, protagonizadas por senadores que pareciam mais preocupados em agradar influencer do que em fazer o próprio trabalho.

Virginia sentou na cadeira como quem entra num camarim: segura, soberba, sonsa — e, pior, intocável. Enquanto isso, os parlamentares, em vez de questionar com firmeza, bajulavam. Era um desfile de elogios, de tapinhas metafóricos nas costas, de discursos envergonhadamente aduladores. Como se estivessem diante de uma popstar, não de uma figura central numa investigação séria. A CPI virou palco de um teatro triste, em que a autoridade pedia autógrafo ao investigado.

Foi circo. Mas não o tipo engraçado — foi o tipo deprimente. Aquela vergonha nacional transmitida ao vivo, que faz qualquer um com um mínimo de senso crítico se encolher no sofá. Transformaram um debate urgente num reality show cafona, no qual quem devia cobrar a verdade preferiu bajular a fama. E no meio disso tudo, o mais importante — os jovens, os jogos, a responsabilidade — ficou jogado no fundo da pauta, como se fosse só detalhe.

(pleno.news)


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