
Em um episódio que escancara a degradação institucional do país, o governo Lula optou por transferir ao contribuinte a responsabilidade por um rombo bilionário gerado por práticas fraudulentas envolvendo entidades sindicais e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Trata-se de um escândalo sem precedentes: aposentados de todo o país foram vítimas de descontos indevidos em seus benefícios previdenciários, promovidos por sindicatos e associações com atuação questionável e, muitas vezes, com vínculos históricos com o próprio Partido dos Trabalhadores. Em vez de responsabilizar os autores, o Estado decidiu socializar o prejuízo — lançando mão de um crédito extraordinário que, na prática, será coberto com emissão de dívida pública.
O cidadão comum, que nada teve a ver com a fraude, agora arcará com a fatura do maior esquema de apropriação indevida de benefícios já identificado no sistema previdenciário brasileiro.
Para agravar ainda mais a situação, a Advocacia-Geral da União (AGU), em ação apoiada pelo Palácio do Planalto, pediu ao Supremo Tribunal Federal a suspensão de todas as decisões judiciais que vinham garantindo a restituição imediata aos lesados. O argumento: necessidade de “uniformização” do tratamento judicial. Na prática, o STF atendeu o pedido, e todas as ações foram paralisadas.
O resultado é um quadro institucional grave: os aposentados seguem sem ressarcimento; os sindicatos envolvidos continuam atuando normalmente; e nenhum dirigente foi responsabilizado até o momento. O Estado abandona os mais vulneráveis e protege seus aliados.
A pergunta que fica é simples e incômoda: por que o governo federal está mais preocupado em blindar entidades suspeitas do que em garantir justiça aos aposentados? Por que o STF intervém para suspender decisões legítimas, impedindo o avanço de ações que buscam ressarcimento aos prejudicados?
Mais uma vez, a conta da má gestão e da promiscuidade entre sindicatos e Estado recai sobre o bolso do contribuinte.
Fonte: noticiastudoaqui.com--