Publicidade

RANCOR DAS ONGS E OS 'INVISÍVEIS' - Famílias em áreas de preservação criadas irregularmente ainda aguardam justiça de RO

Publicidade

Redação, Porto Velho, RO, 31 de julho de 2025 – Mais de três meses após a apresentação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a criação de áreas de preservação ambiental no estado, famílias que vivem nessas regiões seguem à espera de decisões que possam restabelecer seus direitos. A investigação concluiu que a instituição das áreas, feita na reta final do governo Confúcio Moura, foi marcada por irregularidades e ilegalidades.

A CPI das Áreas de Preservação, presidida pelo deputado Alex Redano, apontou diversas falhas, como a ausência de audiências públicas, falta de indenizações aos ocupantes das áreas e assinaturas de documentos por servidores que sequer visitaram os locais. Em depoimentos à comissão, alguns funcionários relataram que assinaram os atos apenas por determinação de superiores, o que reforçou o quadro de irregularidades.

O relatório final, lido em plenário no dia 16 de abril de 2025, contou com a participação do vice-presidente Jean Oliveira, do relator Pedro Fernandes e dos membros Delegado Lucas Torres, Cirone Deiró e Dra. Taíssa Sousa. Após a aprovação, o documento foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. O desembargador Raduan Miguel chegou a montar uma estrutura voltada à conciliação, com apoio de juízes substitutos, mas até agora não houve decisões efetivas nem posicionamento formal do MP sobre o caso.

Enquanto isso, centenas de famílias que residem em regiões como a Reserva Jaci-Paraná e Soldado da Borracha seguem sob insegurança e medo. Moradores relatam perseguições, perda de documentos como CPF – que os torna, na prática, “invisíveis” –, e ameaças de punições severas em casos de queimadas. O sentimento é de abandono e de que a qualquer momento podem perder tudo o que construíram ao longo de uma vida.

A expectativa dos moradores é que as conclusões da CPI, que apontam de forma clara os erros na criação das áreas de preservação, sirvam de base para reparação judicial e para a devolução da tranquilidade às famílias. Por enquanto, porém, a sensação é de que o tempo passa e a justiça não chega, mantendo em suspenso o destino de comunidades inteiras.


Fonte: noticiastudoaqui.com

Publicidade

Noticias da Semana

Publicidade

Veja +

Publicidade
Publicidade