Governador se reuniu com fabricantes de bebidas destiladas e representantes do setor
Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (6), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou de forma descontraída que “no dia em que começarem a falsificar Coca-Cola, aí eu me preocupo”.
Sobre os recentes casos de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol, o governador destacou empenho de grandes empresas do setor na luta contra a falsificação de bebidas.
– Estavam aqui os fabricantes – todos os maiores fabricantes, players do Brasil, estavam na mesa. Que fabricam as bebidas mais famosas, que são objetos de fabricação, [como] Jack Daniel’s, Johnnie Walker. Enfim, todas essas bebidas que são objetos de falsificação. Não vou me aventurar aqui nessa área, porque não é minha praia, tá certo? No dia que começarem a falsificar Coca-Cola, eu vou me preocupar. Ainda bem que ainda não chegaram a esse ponto – declarou.
As declarações ocorreram após uma reunião do Gabinete de Crise criado pelo governo estadual para lidar com os casos de contaminação. O encontro contou com a presença de representantes das secretarias da Saúde, Segurança Pública, Justiça e Cidadania, Desenvolvimento Econômico, Fazenda e Planejamento.
Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), a principal linha de investigação da Polícia Civil aponta que o uso de etanol contaminado com metanol tem sido uma prática comum na produção de bebidas falsificadas.
Para enfrentar o problema, o governo contará com o apoio de grandes fabricantes, como Brown-Forman (Jack Daniel’s), Bacardi, Diageo (Johnnie Walker e Smirnoff), Pernod Ricard (Absolut) e Beam Suntory (Jim Beam). As empresas irão colaborar com treinamentos voltados a agentes públicos e comerciantes para ajudar na identificação de produtos adulterados.
Além do diálogo com as fabricantes, o governador também planeja se reunir com representantes do setor de bares e restaurantes para alinhar ações de combate à falsificação e ampliar a conscientização sobre os riscos à saúde pública.
São Paulo é o estado mais afetado pelo crescimento das intoxicações por metanol. Segundo dados informados pelo Ministério da Saúde, são 162 registros no estado, sendo 14 confirmados e 148 em apuração.
Também há casos suspeitos em Pernambuco (11), Mato Grosso do Sul (5), Paraná (3), Bahia (2), Goiás (2), Rio Grande do Sul (2), Distrito Federal (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (1), Rondônia (1), Piauí (1), Rio de Janeiro (1) e Paraíba (1).
(pleno.news)