Redação, Porto Velho (RO), 21 de outubro de 2025 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou apoio à licença ambiental concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que a Petrobras inicie as operações no primeiro poço em águas profundas da Margem Equatorial — região localizada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte.
Segundo dados do Observatório Nacional da Indústria, vinculado à CNI, a exploração nessa área pode gerar até 495 mil empregos formais, elevar o PIB em cerca de R$ 175 bilhões e resultar em arrecadações indiretas de R$ 11,23 bilhões — considerando uma produção estimada de 300 mil barris diários a US$ 60 por barril e câmbio de R$ 5,50.
A CNI também aponta que os royalties poderiam alcançar entre R$ 3,6 e 5,4 bilhões por ano, além de cerca de R$ 270 milhões destinados à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
Para a entidade, o segmento de óleo e gás já representa cerca de 9% do PIB industrial brasileiro e contribuiu com mais de R$ 1,8 trilhão em tributos e royalties nos últimos dez anos.
A CNI defende que a ampliação das atividades na Margem Equatorial pode desempenhar papel decisivo no desenvolvimento regional e na redução de desigualdades socioeconômicas nas regiões Norte e Nordeste.
A CNI destaca que uma governança pública eficaz é essencial para garantir que os benefícios da exploração alcancem a população local, contribuindo para enfrentar desafios históricos como saneamento, educação, energia, transporte e conectividade.
O presidente da confederação, Ricardo Alban, avaliou que a decisão do Ibama demonstra que “é viável unir crescimento econômico e proteção ambiental”. “A concessão da licença reforça a importância de políticas que conciliem crescimento econômico, geração de empregos e responsabilidade ambiental”, afirmou.
Além disso, Alban ressaltou que a produção de petróleo na região é estratégica para a segurança energética do país e pode financiar a transição para fontes de energia mais limpas.
A autorização concedida pelo Ibama permite que a Petrobras avance imediatamente com as operações no primeiro poço da Margem Equatorial, abrindo caminho para uma nova fronteira de produção em águas profundas na costa norte brasileira.
Em resumo, o posicionamento da CNI revela um apoio institucional à iniciativa, fundamentado na expectativa de impulsionar o desenvolvimento regional, gerar empregos, ampliar a arrecadação pública e, ao mesmo tempo, afirmar que é possível conciliar exploração de recursos naturais com políticas de meio ambiente eficazes. Resta acompanhar como serão implementadas as medidas de governança, como será feita a gestão dos impactos ambientais e qual será o papel das comunidades e governos locais nesse processo.
Fonte: noticiastudoaqui.com