Emissora do Amapá que faz oposição a Alcolumbre tem licença cancelada



O cangaço institucional continua a todo vapor. No Amapá, feudo de Davi Alcolumbre, uma emissora de rádio da capital, que é uma ilha de oposição ao senador, teve sua licença cassada, antecipando efeito de um processo judicial ainda em andamento. O ministério das Comunicações, responsável pela decisão, está sob as ordens de um indicado de Alcolumbre, mas claro, o senador não tem nada a ver com isso.

Não que o outro lado seja flor que se cheire. Aparentemente, a rádio é usada para fazer proselitismo político também, o que, em princípio, poderia ferir a lei eleitoral. Mas aqui trata-se de luta de facções pelo domínio do território, a exemplo do que fazem PCC e CV, só que por meios institucionais.

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E o território do Amapá é muito precioso. Ali, há um deputado federal para cada 100 mil habitantes, contra 600 mil em São Paulo ou outros grandes estados. E ali, eleger-se senador é várias vezes mais barato que no restante do Brasil, como Sarney descobriu. Assim, vale tudo pelo domínio do território.

Mas o que acontece no Amapá é um problema dos amapaenses. O problema dos brasileiros é ter um senador como Alcolumbre dando as cartas em Brasília.

Marcelo Guterman. Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Economia e Finanças pelo Insper.

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(jornaldacidadeonline)




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