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ROCHA TÁ PODENDO - No seu tabuleiro político, Alex Redano vai para Governo, Sérgio Gonçalves para o TCE e ele no Senado em 2026

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Porto Velho — A engrenagem política de Rondônia para as eleições de 2026 já começa a girar com movimentos calculados no núcleo do governo. No centro dessa articulação está o governador Marcos Rocha (União Brasil), que busca consolidar sua candidatura ao Senado enquanto reposiciona aliados em postos-chave da estrutura estadual.

A estratégia prever que o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil), seja indicado pelo governador para a vaga no Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), a ser aberta com a aposentadoria compulsória do conselheiro José Euler Potyguara, prevista para julho de 2026.

Embora a vaga pertença à cota da Assembleia Legislativa, a articulação prevê que Alex Redano assuma o governo, já que Sérgio já estará no Tribunal de Contas como conselheiro, e concorra à reeleição para um novo mandato de governador.

Por outro lado, Carla Redano, esposa de Alex e atual prefeita de Ariquemes, lançaria candidatura à Assembleia Legislativa, consolidando o domínio político do clã Redano e garantindo a continuidade do grupo situacionista.

Um jogo político de longo prazo

Reeleito em 2022 com 52,47% dos votos, Rocha enfrenta agora um cenário competitivo para o Senado, onde aparece com 35,4% das intenções de voto segundo pesquisa da Paraná Pesquisas, atrás do senador Marcos Rogério (PL), que lidera com 43,8%.

Ao colocar Gonçalves — um aliado de confiança que já ocupou a Secretaria de Desenvolvimento e Inovação — no TCE, Rocha busca garantir apoio institucional e político. A Corte de Contas, responsável pela fiscalização dos gastos públicos, é um espaço estratégico e altamente valorizado por seu poder técnico e político.

Assim, aquele que ajudou a governar, Sérgio Gonçalves, passará a defender a aprovação das suas próprias prestações de contas na secretaria de estado onde atuou e, também, da gestão do próprio governo do qual foi vice-governador. Esse é o plano.

Com Redano no Palácio Rio Madeira, o União Brasil e os Republicanos ganham uma estrutura poderosa para disputar o governo em 2026.

Redano, reeleito presidente da ALE-RO para o biênio 2025-2026, é considerado um habilidoso articulador e, com a máquina pública em mãos, teria vantagem significativa na corrida eleitoral.

Clã Redano em destaque

A possível ascensão de Carla Redano à Assembleia Legislativa fecha a engrenagem. Prefeita reeleita de Ariquemes e liderança consolidada na região do Vale do Jamari, Carla é apontada como favorita para garantir uma das cadeiras da Casa. A movimentação reflete uma estratégia comum na política rondoniense, baseada na alternância de poder dentro de núcleos familiares.

Críticas e repercussão

Apesar da habilidade de Rocha em montar o tabuleiro, a manobra já enfrenta resistência. Adversários políticos acusam o governador de tentar blindar aliados em cargos vitalícios e perpetuar seu grupo no poder. A indicação de Gonçalves ao TCE, em particular, levanta questionamentos quanto à politização de um órgão que deveria atuar com independência técnica.

Além disso, a gestão de Rocha carrega desgastes, como as denúncias durante a pandemia e o atraso em obras importantes, como o Hospital de Guajará-Mirim e o Heuro, que nunca saiu do papel. Esses pontos devem ser explorados pela oposição, liderada por Marcos Rogério e outros nomes da base bolsonarista, na disputa pelo Senado.

O que está em jogo

O cenário político de 2026 será marcado por intensa polarização e disputas entre os grupos de Rocha, Redano, Rogério e Confúcio Moura (MDB), que lidera o campo da centro-esquerda com 15,2% das intenções para o Senado.

Tem ainda outras frentes políticas como Adailton Fúria (PSD), prefeito de Cacoal, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) e o deputado Fernando Máximo que, também, despontam como possíveis candidatos ao governo estadual.

Para Rocha, o sucesso da estratégia depende de articulações delicadas com a Assembleia Legislativa, da imagem pública de sua gestão e da capacidade de unir sua base contra adversários consolidados.

A vaga no TCE, embora tecnicamente preenchida por critérios constitucionais, será palco de intensas negociações políticas. A Constituição Estadual prevê que os candidatos devem ter entre 35 e 65 anos e notório saber jurídico, contábil ou administrativo, com mais de 10 anos de experiência.

No jogo político para o período eleitoral do próximo ano, Rondônia acompanha mais uma formação política que pode moldar o futuro do estado.

Fonte: noticiastudoaqui.com

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