Redação, Porto Velho (RO), 18 de outubro de 2025 - A corrida por uma vaga ao Senado Federal por Rondônia mostra-se equilibrada até aqui, conforme levantamento da empresa Real Time Big Data, divulgado no dia 17 de outubro de 2025. A pesquisa, que ouviu 1.200 eleitores entre os dias 15 e 16 de outubro, aponta que os três principais nomes da disputa registram índices muito próximos, dentro da margem de erro de três pontos percentuais e com nível de confiança de 95 %.
No cenário 1, sem incluir o então senador Marcos Rogério (PL), aparece à frente o coronel Marcos Rocha (União Brasil) com 22 % das intenções de voto, seguido pela deputada Sílvia Cristina (PP) com 20 %. A diferença de dois pontos está dentro da margem de erro, o que caracteriza tecnicamente um empate.
No cenário 2, já com a inclusão de Marcos Rogério, os três — Rocha, Sílvia Cristina e Rogério — surgem praticamente empatados, todos na casa dos 20 %. Essa configuração evidencia que a disputa ainda está muito aberta, sem um favorito definido até o momento.
Já o cenário 3 testado pela pesquisa mostra uma alternativa diferente: o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) aparece em primeiro com 23 %, seguido por Marcos Rogério com 22 %. Ainda assim, a diferença entre eles permanece dentro da margem de erro da pesquisa, indicando que a indefinição persiste.
Essa proximidade entre os candidatos revela, segundo analistas, dois fatores bastante importantes para a disputa: primeiro, a resistência do eleitor tanto à renovação quanto à continuidade, gerando risco para quem busca se consolidar muito cedo. Segundo, a importância da mobilização de campanha, uso das redes sociais, alianças políticas e, possivelmente, eventuais surpresas nos próximos meses que podem alterar esse equilíbrio.
Para Marcos Rocha, que já exerceu funções executivas regionais, a vantagem inicial no primeiro cenário pode servir como plataforma de visibilidade, mas o empate técnico com concorrentes lembra que não basta contar com o histórico.
Para Sílvia Cristina, o recuo mínimo em relação ao concorrente direto sinaliza que a campanha ainda tem bastante chão — e que seu desempenho nas próximas semanas será decisivo para se consolidar.
Já para Marcos Rogério, que retorna à disputa, o cenário de empate mostra uma base de apoio relevante, mas indica que terá que ampliar o alcance para escapar da indefinição.
Panorama histórico da disputa ao Senado por Rondônia
Para compreender o estágio atual, é útil observar como as disputas se desenharam nos pleitos recentes no estado.
Eleição de 2018
- Na disputa para senador por Rondônia em 2018, Marcos Rogério foi eleito com 324.939 votos, equivalente a 24,06%.
- O segundo colocado foi Confúcio Moura, com 17,06%.
- Isso sugere que, historicamente, ultrapassar a casa dos 20% já pode garantir a eleição, dependendo da dispersão dos votos entre múltiplos candidatos.
Eleições anteriores / contexto
- Em 2022 (eleição complementar para Senado ou disputa auxiliar) a pesquisa do Real Time Big Data, em 15 de setembro de 2022, mostrava: Mariana Carvalho (Republicanos) 21%, Jaqueline Cassol (PP) 21%, Expedito Júnior (PSD) 20%. Todos empatados tecnicamente.
- Essa dispersão sugere que em Rondônia a disputa ao Senado costuma ter vários candidatos competitivos e não necessariamente um “favorito absoluto” com larga vantagem.
O momento exige ainda atenção de todos os candidatos à movimentação nos bastidores: alianças regionais, aparições em eventos públicos, clareza sobre plataformas de campanha e capacidade de mobilização no interior de Rondônia.
Interpretação rápida:
- Ainda que ninguém – ou quase ninguém – apareça com vantagem confortável, os candidatos mais citados estão relativamente próximos entre si.
- O fato de haver duas vagas para o Senado por Estado (em 2026) também modifica a dinâmica: o eleitor pode escolher dois nomes, o que dilui um pouco os “líderes únicos”.
- A alta aprovação de Marcos Rocha sugere que ele parte de uma base de governança reconhecida, o que pode dar vantagem de visibilidade.
- No entanto, o cenário “embaraçado” favorece campanhas mais dinâmicas, mobilização e alianças (já que ganhos marginais podem virar vantagem).
O fato de os três principais nomes estarem tecnicamente empatados também cria desafio para minerar eleitores flutuantes — aqueles que ainda não definiram voto ou que podem mudar de opção de acordo com o desempenho das campanhas.
Em síntese, a corrida ao Senado em Rondônia está hoje marcada por alta competitividade e indefinição. Com os três principais postulantes — Rocha, Sílvia Cristina e Rogério — praticamente empatados, o que vai diferenciar um candidato do outro será provavelmente a estratégia de campanha, a visibilidade nos próximos meses e o engajamento com o eleitorado local.
O eleitorado rondoniense, por sua vez, acompanha atento: pequenas diferenças hoje podem se transformar em vantagem decisiva no momento da votação.
Fonte: noticiastudoaqui.com