Investigação e repercussão após acidente na BR-364



Na sequência do grave acidente ocorrido em 19 de novembro de 2025, na BR-364, entre Pimenta Bueno e Vilhena (RO), onde um carro ficou preso entre dois caminhões e deixou cinco pessoas feridas, surgem novos desdobramentos sobre investigações, responsabilidades e críticas à gestão da rodovia.

1. Apuração do Acidente

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Segundo relatos de familiares das vítimas, o veículo seguia corretamente parado em um trecho com sinalização de “pare e siga”, decorrente das obras de recuperação conduzidas pela concessionária Nova 364. A colisão teria ocorrido quando um segundo caminhão — logo atrás — não conseguiu frear e atingiu violentamente a traseira do carro, que foi lançado contra outro caminhão à frente.

O impacto foi tão forte que a estrutura do automóvel ficou severamente destruída, com a lataria retorcida e partes arrancadas. As cinco pessoas a bordo — dois homens e três mulheres — foram socorridas rapidamente, inclusive com ajuda de um motorista treinado em primeiros socorros e de uma enfermeira que passava no local naquele momento.

As vítimas foram levadas ao Hospital Municipal de Pimenta Bueno e, em seguida, transferidas para Cacoal. Uma delas, um homem, ficou em estado mais grave e precisou ser entubado, sendo encaminhado para Porto Velho.

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2. Polêmica sobre a Concessionária Nova 364

O acidente reacendeu críticas já existentes ao modelo de concessão da BR-364. A OAB Rondônia denunciou a proposta de concessão, acusando a concessionária de impor pedágios elevados sem garantir melhorias suficientes na infraestrutura rodoviária.

Além disso, um levantamento recente aponta para uma contradição entre os discursos da Nova 364 e a realidade vivida pelos motoristas: embora a empresa afirme estar realizando obras para tornar a via mais segura, fragmentos da população e imprensa local afirmam que os índices de acidentes graves continuam altos.

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3. Fiscalização e Pressão Política

A pressão política sobre a BR-364 também vem crescendo. A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou visitas para investigar a paralisação de obras em um viaduto da rodovia, na região de Vilhena. Segundo os parlamentares, a empresa responsável pela construção, que já teria pedido recuperação judicial, abandonou a obra.

Paralelamente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) segue com intervenções em outros trechos críticos: recentemente avançaram as obras para erguer uma nova ponte sobre o Rio Jaru, com promessa de mais segurança viária e fluxo de tráfego mais seguro. Também foi noticiada a recuperação emergencial da ponte sobre o Rio Candeias, interditada para evitar riscos à circulação.

4. Conclusão: Acidente como Sintoma de Problemas Maiores

O acidente do “carro esmagado” não é um caso isolado, segundo especialistas e críticos: ele reflete tensões mais profundas na gestão da BR-364. A combinação de obras em andamento, concessão controversa, prazos políticos e riscos à segurança está gerando desgaste para a Nova 364, enquanto motoristas reforçam a sensação de que a rodovia continua perigosa.

O episódio reforça a necessidade de apuração rigorosa: isolamento da causa exata do acidente, responsabilização de eventuais falhas operacionais e reforço em medidas estruturais para evitar que tragédias semelhantes voltem a acontecer.

Fonte: noticiastudoaqui.com



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