Governador Marcos Rocha (União Brasil) ainda não definiu se deixará o cargo para disputar uma vaga ao Senado em 2026
Redação, Porto Velho (RO), 10 novembro de 2026 - O futuro político do governador Marcos Rocha (União Brasil) é um dos temas mais comentados nos bastidores da política rondoniense. As especulações sobre uma possível renúncia em abril de 2026, seis meses antes das eleições, ganham força à medida que se aproximam as articulações para as duas vagas ao Senado que estarão em disputa no próximo pleito.
Os mandatos de Confúcio Moura (MDB) e Marcos Rogério (PL) se encerram no final de 2026, e ambos já movimentam suas bases. Confúcio, que governou Rondônia entre 2011 e 2018, é cotado para retornar à disputa pelo governo estadual, embora também avalie a reeleição ao Senado. Já Rogério, atual líder do PL no estado, trabalha abertamente pela reeleição, mas mantém vivo o projeto de tentar novamente o governo — cargo que disputou em 2022, quando foi derrotado por Rocha, reeleito para o segundo mandato apesar das pesquisas indicarem o contrário.

Movimentações políticas ganham força em Rondônia com a aproximação das eleições de 2026 — Foto: ALE-RO/Divulgação
Dúvidas sobre renúncia e novos rumos políticos
Nos últimos meses, aliados próximos a Marcos Rocha passaram a demonstrar menos convicção sobre a renúncia do governador. O que antes parecia certo — a saída do cargo para disputar o Senado — agora dá lugar à hipótese de uma permanência até o fim do mandato.
Uma das alternativas em discussão seria o governador apoiar uma nova liderança de seu grupo, com destaque para Mariana Carvalho (Republicanos), ex-deputada federal e ex-vereadora de Porto Velho. Mariana disputou a Prefeitura da capital em 2024 e chegou ao segundo turno como favorita, após conquistar mais de 44% dos votos válidos no primeiro turno, mas acabou derrotada por Léo Moraes (Podemos). Mesmo assim, seu desempenho consolidou sua força política, tornando-se um nome estratégico para 2026.

Ex-deputada federal Mariana Carvalho desponta como possível candidata apoiada por Rocha em 2026 — Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação
Dilema familiar e cálculo político
A decisão de Rocha é complexa e envolve não apenas estratégia eleitoral, mas também fatores familiares. Caso o governador permaneça no cargo até o fim do mandato, sua esposa, Luana Rocha, atual secretária de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas), ficará inelegível, conforme a legislação que impede a candidatura de cônjuges de chefes do Executivo ainda no exercício do poder.
Luana é vista como um nome viável para disputar uma das vagas na Câmara Federal. No entanto, para isso, Marcos Rocha precisaria renunciar ao governo até abril. Essa renúncia, porém, abriria espaço para o vice-governador Sérgio Gonçalves (UB) assumir o comando do estado. A relação política entre Rocha e Gonçalves é descrita como cordial, mas analistas acreditam que o vice não apoiaria o grupo do atual governador e criaria movimento adversário para concorrer à reeleição em 2026.
Decisão até abril e redefinição de alianças
O prazo final para que Marcos Rocha tome uma decisão é abril de 2026, conforme a lei eleitoral. Até lá, o governador deve avaliar o cenário político, as alianças regionais e o impacto de sua escolha sobre o futuro de seu grupo.
De um lado, aliados defendem a candidatura de Rocha ao Senado, argumentando que ele mantém boa imagem junto ao eleitorado e estrutura política consolidada. De outro, há quem aposte na permanência até o fim do mandato, priorizando a continuidade administrativa e a consolidação de novas lideranças, como Mariana Carvalho.
Independentemente da escolha, o movimento político de Marcos Rocha deverá redefinir as alianças e a correlação de forças em Rondônia, abrindo um novo capítulo na disputa pelo poder no estado em 2026.
Fonte: noticiastudoaqui.com