MORAES NA FRIGIDEIRA - Paulo Figueiredo é convocado para depor no Congresso dos EUA sobre as perseguições de Alexandre de Moraes

Jornalista promete denunciar suposta “perseguição extraterritorial” de brasileiros por ordens do ministro do STF


Redação, 23 de junho de 2025 – O jornalista Paulo Figueiredo Filho foi convocado para prestar depoimento nesta terça-feira (24) na Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, ligada ao Congresso dos Estados Unidos. A audiência ocorrerá em Washington e, segundo o próprio jornalista, o foco será a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em decisões que, segundo ele, teriam efeito fora do território brasileiro.

De acordo com Figueiredo, o tema de sua participação será: “Repressão Transnacional de Alexandre de Moraes — a perseguição sistemática de brasileiros em solo americano através de ordens judiciais extraterritoriais.”

Críticas a decisões do STF

Radicado nos EUA, Figueiredo tem sido um dos principais críticos das decisões do STF, em especial das conduzidas por Moraes, relator de diversos inquéritos sobre ações antidemocráticas, ataques às instituições e disseminação de desinformação. O jornalista alega que decisões do ministro teriam levado à censura e ao cerceamento de direitos civis de cidadãos brasileiros que vivem legalmente em território norte-americano.

“Vou denunciar a perseguição e a extrapolação de autoridade por parte de Moraes. É inaceitável que brasileiros sejam alvo de censura e intimidação mesmo estando fora do Brasil”, declarou Figueiredo em vídeo publicado nas redes sociais.

Audiência internacional e repercussão

A Comissão Tom Lantos é conhecida por ouvir denúncias relacionadas a violações de direitos humanos e perseguições políticas no mundo. A convocação de Figueiredo já repercute no meio político brasileiro, especialmente entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que acusam o STF de extrapolar sua atuação.

Por outro lado, críticos afirmam que a participação do jornalista é parte de uma estratégia internacional de politização do Judiciário brasileiro e pode ser usada para desgastar a imagem do Supremo perante instituições estrangeiras.

Itamaraty e STF não comentam

Procurados pela imprensa, nem o Itamaraty nem o próprio STF se manifestaram oficialmente sobre a convocação ou sobre as alegações de “repressão extraterritorial”.

Nos bastidores, juristas e diplomatas ressaltam que ordens judiciais brasileiras não têm efeito automático fora do país e que qualquer execução de medidas depende da cooperação entre autoridades internacionais, dentro dos marcos legais.

Contexto político e jurídico

A convocação ocorre em meio a um ambiente de forte polarização política no Brasil e a investigações em curso que envolvem o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados. Moraes tem sido alvo constante de críticas por parte do campo conservador, especialmente por sua atuação nos inquéritos das milícias digitais e dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Figueiredo, neto do ex-presidente João Figueiredo, também já foi alvo de medidas judiciais relacionadas à disseminação de desinformação em plataformas digitais.

A audiência no Congresso norte-americano está marcada para a manhã de terça-feira (24), com transmissão prevista pelos canais oficiais da comissão. A expectativa é que o depoimento de Figueiredo reacenda o debate sobre a atuação do Judiciário brasileiro e seu impacto internacional.


Fonte: noticiastudoaqui.com


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