
Levantamento do Paraná Pesquisas indica percepção generalizada de alta no custo de vida; apenas 9,4% dizem ter notado redução
Redação, 30 de junho de 2025 - Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (30) pelo Instituto Paraná Pesquisas revela que a maioria dos brasileiros acredita que os preços nos supermercados aumentaram durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o levantamento, 71,4% dos entrevistados disseram perceber aumento nos preços de produtos alimentícios e de consumo básico desde o início do atual mandato presidencial. Outros 17,2% afirmaram que os preços se mantiveram estáveis, enquanto apenas 9,4% relataram queda nos valores. Um total de 2,1% não soube ou preferiu não responder.
Sinal de insatisfação com o custo de vida
Os dados refletem a preocupação crescente da população com o custo de vida, que tem sido um dos principais temas de insatisfação nas redes sociais e em discussões públicas. Apesar dos esforços do governo federal para conter a inflação e estimular o consumo por meio de programas sociais e crédito popular, a percepção de aumento de preços permanece predominante.

Fatores econômicos
Economistas apontam que, embora a inflação oficial esteja dentro da meta do Banco Central, os preços de produtos essenciais, como alimentos, combustíveis e itens de higiene, ainda sofrem com variações sazonais, alta nos custos de produção e gargalos na cadeia de abastecimento — fatores que impactam diretamente a percepção do consumidor.
Além disso, a alta dos alimentos tem sido mais sentida nas faixas de renda mais baixas, onde o impacto de qualquer reajuste é mais evidente no orçamento familiar.
Repercussão política
A pesquisa surge em um momento sensível para o governo Lula, que tenta fortalecer sua base no Congresso e avançar com pautas econômicas como a reforma tributária e medidas de estímulo à indústria nacional. A percepção de piora nas condições de consumo pode representar um desafio adicional para o Planalto, especialmente diante da proximidade de disputas municipais em 2026.
Analistas avaliam que a sensação de encarecimento da vida cotidiana pode influenciar a avaliação do governo, mesmo que indicadores macroeconômicos apontem recuperação. O Palácio do Planalto, por sua vez, tem buscado reforçar a comunicação sobre os avanços sociais e os dados positivos do emprego, como forma de equilibrar a narrativa.
Metodologia
O levantamento do Paraná Pesquisas foi realizado com base em entrevistas com eleitores de diversas regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um grau de confiança de 95%.
Fonte: noticiastudoaqui.com