O concurso da Câmara Municipal de Porto Velho vai mesmo acontecer ou é mais uma bravata política para tentar tapear os órgãos de fiscalização? Pelo andar da carruagem, o concurso, anunciando para o início deste ano e, logo em seguida, adiado, será realizado até o final de outubro, segundo informou um servidor da Casa. Não que esse seja o desejo da atual mesa diretora. Nada disso. Pelo contrário, se dependesse da direção do legislativo, o concurso seria empurrado com a barriga até cair na vala comum do esquecimento, disse o funcionário.
A carroça só andou mesmo porque o Ministério Público (MPE-RO) e o Tribunal de Conta de Rondônia (TCE-RO), percebendo que a polca do sinecurismo está bastante afolozada, resolveram dar uma apertada no parafuso. Caso contrário, a folha de pagamento de pessoal do legislativo municipal continuaria inchada com quase novecentos comissionados, enquanto o número de servidores efetivos não passa de setenta.
Espero que, dessa vez, a Câmara Municipal abra um número suficiente de vagas para atender as reais necessidades do Poder Legislativo, e não repita a palhaçada do concurso anterior, quando se gastou uma fortuna para realizar um certame para contratar pouco menos de 15 pessoas, contrariando, inclusive, orientação da Comissão Organizadora, que, após levantamento setorial, recomendou a abertura de, no mínimo, 50 vagas, mas a politicagem prevaleceu sobre os interesses administrativos do Legislativo Municipal.
Por Valdemir Caldas