CARLOS HENRIQUE ANGELO - MDB recupera poderio eleitoral em Rondônia

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Ao contrário do que apontam os sonhos mais acalentados dos adversários, o MDB se mobiliza para exibir toda a força de seu histórico potencial eleitoral em Rondônia nas eleições de 2026. E que ninguém se engane: embora não se afaste dos compromissos assumidos com a união das diversas legendas na “Caminhada da Esperança”, o MDB possui lideranças expressivas para a disputa, com candidaturas viáveis para todos os cargos. Não apenas com sua estrela maior, o senador Confúcio Moura.

Já estão sendo organizadas as nominatas completas para deputados federais e estaduais. Com nomes igualmente de ponta para o governo do estado e para o Senado. Não há, também, qualquer obstáculo em função da perspectiva de estabelecimento de uma federação nacional com o Republicanos. O próprio líder do MDB no Senado, Eduardo Braga ressaltou que os partidos poderão manter suas “características e identidade”.

O senador amazonense faz questão de declarar seu apoio à federação MDB/Republicanos: “depois da formação das alianças PT-PCdoB-PV e e União Brasil-Progressistas, quem não federar vai ficar um tanto quanto isolado do processo político no Congresso”. O MDB possui hoje 12 senadores e 42 deputados. O Republicanos tem 04 representantes no Senado e 45 na Câmara, entre eles o presidente da Casa, Hugo Motta. A federação resultante seria, portanto, muito mais robusta, com 16 senadores e 87 deputados federais.

O movimento no Congresso não impõe, contudo, qualquer obstáculo a respeito de candidaturas. “O Republicanos, lembra o senador, tem em seus quadros o governador Tarcísio de Freitas, possível candidato à Presidência. Mas o MDB tem compromisso com Lula. E isso não será mudado”. O mesmo deverá acontecer também em Rondônia. Afinal, o presidente da Assembleia, Alex Redano, pertence ao Republicanos e claramente se movimenta como pré-candidato ao governo do estado. O MDB, contudo, permanecerá fiel ao compromisso com o governo Lula e ao bloco “Caminhada da Esperança”, sem necessariamente abdicar dos próprios candidatos ao governo do estado e ao Senado.

“Política é como uma nuvem: você olha, está de um jeito; você olha de novo e já mudou” – dizia Magalhães Pinto, ex-governador mineiro. O pensamento não encontra, aparentemente, ressonância no raciocínio dos articulistas locais. Eles insistem em se pautar pelos resultados da última eleição presidencial para sentenciar que a direita possui 70% do eleitorado rondoniense, restando à esquerda perto de 30% dos votos. Admita-se, para argumentar, a imutabilidade dessa nuvem. Dessa forma, então, a conjuminância de forças de centro-esquerda articulada pela Caminhada da Esperança pode, no mínimo, interferir decisivamente na eleição do próximo governador.

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A realidade aponta, ademais, em direção diversa. Lula, que parecia ter chegado ao fundo do poço no quesito popularidade em junho, com a derrubada de seu decreto do IOF, recupera-se espetacularmente. Claro que com a ajuda do tarifaço de Trump, do projeto de anistia para salvar Bolsonaro da Papuda e da PEC da bandidagem sepultada por votação unânime na CCJ do Senado, depois das retumbantes manifestações em todas as capitais. Mas não é só isso. A preocupação da extrema direita em defesa do que chama de “legado da família” já fez o governador Tarcísio de Freitas, anunciar sua desistência da disputa presidencial. Claro que é apenas pirraça.

Por enquanto!


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