Audiência no Ministério dos Transportes será decisiva para futuro da estrutura crítica da BR-364, que está parcialmente interditada desde janeiro
Brasília (DF) – As bancadas federais de Rondônia e Acre se uniram, na tarde desta terça-feira (20), em uma mobilização inédita para buscar uma solução definitiva para a ponte sobre o Rio Candeias, localizada no km 694 da BR-364, no município de Candeias do Jamari (RO). A estrutura, interditada desde janeiro de 2025, é considerada estratégica para a integração logística entre os dois estados e fundamental para o escoamento de produtos e transporte de passageiros.
A reunião, realizada no Plenário 15 da Câmara dos Deputados, contou com a presença de parlamentares, lideranças estaduais e representantes do governo federal, e resultou na confirmação de uma audiência com o Ministério dos Transportes, marcada para esta quinta-feira (21), às 10h, que deve discutir prazos e recursos para a reconstrução e reforço estrutural da ponte.
Estiveram presentes o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Alex Redano, os senadores Jaime Bagattoli e Marcos Rogério (ambos do PL-RO), o coordenador da bancada rondoniense, Maurício Carvalho (União-RO), a deputada federal Cristiane Lopes (União-RO), a vice-coordenadora da bancada do Acre, deputada Socorro Neri (PP-AC), além do prefeito de Candeias do Jamari, Lindomar Garçon, e técnicos da Casa Civil e do CREA-RO.
“Não se trata apenas de uma ponte, mas de uma conexão vital entre regiões que dependem da BR-364 para saúde, transporte, educação e comércio. Essa união das bancadas é uma resposta à gravidade do que está em jogo”, afirmou o deputado Maurício Carvalho.
A ponte em questão apresenta danos estruturais graves, apontados por laudos técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e do CREA-RO, que em relatório recente alertou para o risco iminente de colapso da estrutura antiga — interditada completamente — enquanto o tráfego é desviado para a ponte mais recente, que opera em regime de “Pare e Siga” para reduzir a sobrecarga.
Além dos transtornos causados pelas interdições, a situação se agravou com a ocorrência de um acidente fatal em 6 de maio, quando um caminhoneiro morreu após colidir com veículos parados próximos à ponte. A tragédia expôs a fragilidade do sistema atual de trânsito no local e aumentou a pressão por uma solução emergencial e definitiva.
A ponte é um eixo essencial para o escoamento da produção agrícola e industrial do Acre e de Rondônia, bem como para o transporte de pacientes que precisam se deslocar a Porto Velho para tratamentos médicos. A interdição tem gerado filas quilométricas, aumento de custos logísticos e risco de isolamento de comunidades, sobretudo em períodos de chuvas intensas.
Em julho de 2024, moradores de Candeias realizaram um bloqueio da rodovia em protesto, alegando o temor de uma “tragédia anunciada”. A mobilização popular foi decisiva para pressionar autoridades a iniciar estudos técnicos e medidas paliativas — consideradas insuficientes pela população local.
O DNIT informou que realiza ensaios dinâmicos, testes com scanners estruturais e tecnologia de ultrassom para mensurar a resistência da ponte mais nova. Há uma previsão de liberação completa da pista em julho de 2025, o que permitiria a interdição total da ponte danificada para reformas, mas ainda sem um plano definitivo de reconstrução total.
“Temos ações emergenciais em curso, mas precisamos de um cronograma claro, recursos garantidos e uma solução definitiva, não apenas paliativos”, disse o senador Jaime Bagattoli, que articulou a audiência com o Ministério dos Transportes.
A audiência de quinta-feira, considerada decisiva, reunirá representantes dos dois estados e técnicos do ministério para formalizar um plano de intervenção estrutural definitiva, com a expectativa de garantir segurança, mobilidade e continuidade econômica para a região.
A união entre as bancadas é vista como um passo importante para pressionar o governo federal a priorizar a obra dentro do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ou viabilizar recursos extraordinários para a reconstrução.
A crise envolvendo a ponte de Candeias do Jamari é mais que uma questão de infraestrutura — é um problema de segurança pública, saúde e desenvolvimento regional. A mobilização conjunta de Rondônia e Acre representa uma resposta política à altura da gravidade do problema e acende a esperança por uma solução concreta, que deve ser desenhada nos próximos dias.
A população dos dois estados aguarda com expectativa os desdobramentos da reunião com o Ministério dos Transportes, na esperança de ver finalmente encaminhada uma resposta definitiva a um problema que há anos ameaça a mobilidade e a segurança na região Norte.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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