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VOCÊ ACREDITA? - Romero Jucá ficou pobre na política

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Senador informou ao TSE um patrimônio de R$ 194,8 mil; em 2010, ele tinha R$ 607,9 mil

BRASÍLIA - Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), empobreceu na política nos últimos oito anos. É o que diz a declaração de bens enviada à Justiça Eleitoral pelo senador, que tenta a reeleição neste ano. Jucá ainda responde a outros dez inquéritos na Corte por crimes variados.

Segundo a declaração de bens encaminhada à Justiça Eleitoral, o presidente do MDB tem hoje um patrimônio total de R$ 194,8 mil em dinheiro vivo e depósitos bancários. Em 2010, quando se elegeu para o mandato atual, o senador declarou patrimônio de R$ 607,9 mil.
Um terreno em Paulista, município de Pernambuco, não consta mais na declaração patrimonial de Jucá. Em 2010, ele havia declarado que o pedaço de terra valia R$ 4 mil. Mas a maior diferença entre 2010 e 2018 é em relação ao dinheiro em espécie.

Há oito anos, o senador disse que guardava R$ 545 mil em dinheiro vivo. Na atual declaração, ele diz manter em sua posse R$ 150 mil em espécie.

Considerado o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), o patrimônio declarado por Jucá em 2010, se apenas corrigido, valeria hoje R$ 989,5 mil.

Jucá é alvo de inquéritos que tramitam no Supremo, sendo alguns desdobramentos de investigações da Operação Lava-Jato. Ele é réu em uma ação penal, recebida pelo STF em março deste ano. Na denúncia, ele é acusado de ter pedido e recebido propina de R$ 150 mil para beneficiar a Odebrecht na tramitação de duas medidas provisórias em 2014.
O senador  também ficou conhecido ao ser gravado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em conversas sobre como “estancar a sangria” dos políticos e controlar as investigações da Lava-Jato.

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